Bilbao, que já tinha vencido a sétima etapa, cumpriu os 194 quilómetros entre Feltre e Monte Avena em 5:46.02 horas, batendo sobre a meta o compatriota Mikel Landa (Movistar), segundo, com o mesmo tempo, e o italiano Giulio Ciccone (Trek-Segafredo), terceiro, a dois segundos.
Na classificação geral, Carapaz, hoje quarto colocado, vai chegar ao último dia da prova com 1.54 minutos de vantagem para o segundo, o italiano Vincenzo Nibali (Bahrain Merida), e só tem de defender a vantagem no ‘crono’ de Verona, no domingo.
Por seu lado, o colega de equipa Landa subiu ao terceiro posto, a 2.53 minutos, depois de terem deixado para trás o antigo líder, o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), agora quarto a 3.16, uma situação agravada por uma penalização de 10 segundos, por ter sido empurrado por um adepto.
No final da penúltima etapa, exausto, Bilbao, que em 2018 foi sexto na geral final, explicou que esta terá sido “talvez mais difícil” do que a sétima, principalmente “por cruzar a meta à frente de Nibali, Landa e Carapaz”, os principais homens da geral.
“Sabia que o Carapaz queria dar uma vitória em etapa ao Landa [colega de equipa do camisola rosa], por isso segui a roda dele, e sabia que teria vantagem no ‘sprint'”, explicou.
Depois de a fuga do dia não ter dado frutos, foram os candidatos à vitória final a marcarem-se mutuamente, com a Movistar a fazer um bom trabalho em controlar Nibali, por um lado, e em distanciar Roglic, que venceu os dois contrarrelógios até agora, mas ficou com mais de três minutos para recuperar no último dia.
Na última etapa com alta montanha, e já na subida ao Monte Avena, Carapaz impôs um ritmo forte nas últimas centenas de metros e lançou o companheiro Landa, a quem queria dar a vitória pela ajuda ao longo do ‘Giro’, mas Bilbao intrometeu-se e acabou por vencer.
“Pensando em amanhã [domingo], e nesse 1.54 que tenho para Nibali, não penso que deva perder esse tempo todo. Penso que me pode servir”, afirmou o líder da ‘corsa rosa’, que ainda assim ressalvou a possibilidade “de tudo acontecer em competição”.
Carapaz pode tornar-se o primeiro corredor do seu país a vencer a prova italiana, na qual já foi o primeiro a vencer uma etapa, e explicou que falta “muito pouco” para poder confirmar o triunfo.
O dia fica marcado, por bons e maus motivos, pela atuação de outro corredor da Astana, o colombiano Miguel Ángel López (Astana), que atacou durante toda a tirada à procura de subir do sexto lugar que ocupa na geral.
A seis quilómetros da meta, um adepto provocou uma queda ao ‘Superman’, que se irritou e lhe bateu por diversas ocasiões antes de voltar à estrada, perdendo tempo, ainda que tenha mantido o sexto lugar e a liderança da classificação da juventude.
O único luso em prova, Amaro Antunes (CCC), caiu hoje para o 53.º posto da geral, após chegar a mais de 32 minutos do vencedor, no 63.º posto.
No domingo, o equatoriano tem de defender a liderança num contrarrelógio individual em Verona, com 17 quilómetros e uma subida no meio do percurso.
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