O melhor marcador da última edição da I Liga mostrou continuar a ser decisivo nos ‘encarnados’, num dia em que o clube assegurou a contratação do avançado uruguaio Darwin Núñez e quando se levantam dúvidas sobre a sua continuidade na Luz. Frente aos bracarenses, assinou o empate aos 56, após um bom trabalho individual, e consumou a reviravolta aos 90+3, quando o Benfica já jogava com apenas 10 jogadores, devido à expulsão de Taarabt.

Em relação ao desafio de domingo com o Bournemouth, o treinador dos ‘encarnados’, Jorge Jesus, operou três mudanças, promovendo Gilberto, Ferro e Vinicius. Do outro lado, o destaque do Sporting de Braga recaía em Gaitán, de regresso à Luz para enfrentar a antiga equipa, mas que iniciava o jogo no banco de suplentes, tendo Carlos Carvalhal apostado num ataque liderado por Paulinho, com o apoio dos irmãos Ricardo e André Horta.

Os ‘encarnados’ entraram melhor no jogo e poderiam ter marcado rapidamente, caso Rafa e Pizzi tivessem tido um pouco mais de pontaria no momento de visar a baliza de Matheus. Sem um ritmo muito elevado, mas já com qualidade de processos visível nos dois conjuntos, o jogo seguiu uma tónica de equilíbrio: enquanto o Benfica estava mais autoritário, o Sporting de Braga demonstrava competência nas suas transições ofensivas rápidas.

E foi dessa forma que os bracarenses, depois de ameaças de Fransérgio e Paulinho, acabaram por se adiantar no marcador aos 31 minutos. Esgaio lançou André Horta no flanco direito e este superou a marcação de Everton para assistir Paulinho ao segundo poste, onde só teve de encostar para a baliza de Vlachodimos, sentenciando a vantagem minhota antes do intervalo.

No regresso dos balneários, Carlos Carvalhal operou uma ‘revolução’ na equipa, lançando oito novidades em relação à primeira parte. Do lado ‘encarnado’, Jorge Jesus deu primazia à estabilidade e reservou as mexidas para mais tarde.

As muitas mudanças não afetaram a qualidade dos ‘arsenalistas’, que até podiam ter reforçado a vantagem por Abel Ruiz, se este não tivesse rematado à figura do guardião ‘encarnado’ aos 51 minutos quando estava isolado. Na resposta, aos 56′, Vinicius concretizou o empate num remate já dentro da grande área e só com Tiago Sá pela frente, após livrar-se da marcação de dois defesas ‘arsenalistas’.

O jogo voltava a estar nivelado para se desequilibrar de outra forma poucos minutos depois. Adel Taarabt foi expulso aos 69 por acumulação de amarelos e deixou o Benfica reduzido a 10 elementos, mas a equipa de Jorge Jesus respondeu de forma positiva à inferioridade, nunca denotando grandes dificuldades na gestão do adversário, com Diogo Gonçalves, João Ferreira, Pedrinho, Gabriel, Cervi, Chiquinho a acabarem por ir a jogo.

A decisão acabou por surgir apenas nos descontos e quase numa repetição do primeiro golo dos ‘encarnados’. Vlachodimos negou o golo num cabeceamento de Abel Ruiz e no minuto seguinte Vinicius intercetou um passe de Sequeira para se isolar e driblar Tiago Sá, atirando para o 2-1 final.

Jogo no Estádio da Luz, em Lisboa.

Benfica — Sporting de Braga, 2-1.

Ao intervalo: 0-1.

Marcadores:

0-1, Paulinho, 31 minutos.

1-1, Vinícius, 56.

2-1, Vinícius, 90+3.

Equipas:

- Benfica: Vlachodimos, Gilberto, André Almeida, Ferro, Nuno Tavares, Weigl, Taarabt, Pizzi, Everton, Rafa e Vinícius.

(Jogaram ainda: Diogo Gonçalves, João Ferreira, Pedrinho, Gabriel, Cervi, Chiquinho).

Treinador: Jorge Jesus.

- Sporting de Braga: Matheus, Esgaio, David Carmo, Raul Silva, Bruno Viana, Castro, André Horta, Fransérgio, Murilo, Ricardo Horta e Paulinho.

(Jogaram ainda: Tiago Sá, Gaitán, Al Musrati, Abel Ruiz, Rolando, Sequeira, João Novais, Iuri Medeiros, Zé Carlos, Moura).

Treinador: Carlos Carvalhal.

Árbitro: André Narciso (Setúbal), na primeira parte; Hugo Silva (Santarém), na segunda parte.

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Taarabt (41 e 69), André Horta (45+3), Gaitán (70). Cartão vermelho por acumulação de amarelos para Taarabt (69).

Assistência: Jogo realizado à porta fechada devido à pandemia de covid-19.