Há duas semanas fora iniciada uma investigação conduzida por inspetores de Ética e Disciplina da UEFA, que acabou por concluir pela abertura do processo, por “potencial violação do quadro jurídico” do futebol europeu.
Em 18 de abril, 12 clubes anunciaram a criação de uma competição anual com 20 equipas, na véspera de a UEFA revelar o formato competitivo da Liga dos Campeões, a partir de 2024/25.
Esta decisão abalou o futebol europeu e as manifestações unânimes de repúdio — de adeptos, futebolistas, treinadores, dirigentes e responsáveis políticos nacionais — fizeram com que, volvidas 48 horas, já só Real Madrid, que preside à Superliga, FC Barcelona e Juventus se mantivessem no projeto.
Os outros nove clubes, nomeadamente os ingleses do Manchester City, Liverpool, Chelsea, Manchester United, Tottenham e Arsenal, os italianos do AC Milan e Inter de Milão e os espanhóis do Atlético de Madrid desistiram do projeto em poucas horas.
Uma medida que ainda assim não evitou que fossem ‘repreendidos’ pela UEFA, com os clubes a aceitarem uma série de “medidas de reintegração”, incluindo renunciar a 5% do rendimento proveniente de uma época nas competições europeias.
Paralelamente, os clubes desistentes vão doar, em conjunto, um total de 15 milhões de euros a “comunidades locais” do futebol europeu.
“Ao aceitar os seus compromissos e a sua vontade de reparar a perturbação que causaram, a UEFA quer deixar este capítulo para trás e avançar com um espírito positivo”, afirmou então o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, em comunicado.
Da mesma forma, o dirigente reconheceu que “o mesmo não pode ser dito dos (três) clubes [Real Madrid, FC Barcelona e Juventus] que continuam envolvidos na chamada Superliga”, casos que, vincou então, “a UEFA tratará em conformidade”.
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