Na estreia em Leiria, o ‘cardápio’ é o melhor possível para consumo interno, mas faltará o público, logo a festa, e dificilmente alguma das quatro equipas virá completa, numa altura em que vírus não para de fazer baixas e deixar a sua marca.
Ainda assim, não poderia haver um programa mais ‘apetecível’, com os quatro primeiros do atual campeonato, do anterior, do anterior a esse e ainda de outro mais atrás, na luta pela 14.ª edição, que, culpa da covid-19, só teve oito participantes.
Sporting e FC Porto são o ‘pontapé de saída’ na terça-feira, às 19:45, reeditando a meia-final de 2017/18 e a final de 2018/19, e, na quarta-feira, no mesmo horário, Sporting de Braga e Benfica decidem o segundo finalista, como em 2012/13.
Estes três jogos que se ‘replicam’ agora foram todos decididos no desempate por grandes penalidades, depois de igualdades em 90 minutos - a Taça da Liga não contempla prolongamento -, em mais um dado que antecipa equilíbrio.
O Benfica é o ‘rei’ da prova, com sete títulos em 13 edições, mas já não vence desde 2015/16, enquanto o Sporting soma dois ‘canecos’, tal como o Sporting de Braga, ambos em finais com o FC Porto, que continua em ‘branco’ e também já perdeu jogos decisivos com ‘águias’ e ‘leões’.
Pelo histórico, os ‘dragões’ serão os mais ‘famintos’ para a edição 2020/21, à qual chegam com a possibilidade de ficar como detentores de todas as provas nacionais, após os triunfos na I Liga, Taça de Portugal e Supertaça.
Em primeira instância, o FC Porto precisa de derrubar o Sporting, o líder isolado da I Liga, comandado pelo treinador (Rúben Amorim) que na época passada venceu a prova, pelo Sporting de Braga, numa final com os ‘dragões’ (1-0, com um golo de Ricardo Horta, apontado no final dos descontos, aos 90+5 minutos).
Depois do 2-2 de Alvalade para o campeonato, num jogo que ambos lideraram e ambos deixaram fugir essa vantagem, os ‘dragões’ não podem ‘correr o risco’ de nova igualdade, que colocaria o ‘passaporte’ para a final nas ‘mãos’ dos penáltis.
Em 2017/18 e 2018/19, Sporting e FC Porto resolveram quatro jogos nos penáltis e os ‘leões’ prevaleceram sempre, na Taça da Liga e Taça de Portugal, sendo que para Sérgio Conceição são cinco consecutivos, com mais um pelo Sporting de Braga (2014/15).
Quanto ao jogo de quarta-feira, o último antecedente é um triunfo do Sporting de Braga na Luz por 3-2, para o campeonato: os comandados de Carlos Carvalhal chegaram mesmo a 3-0, com um ‘bis’ de Francisco Moura, que se lesionou poucos dias depois, reduzindo os ‘encarnados’ com dois tentos do suíço Seferovic.
Na Taça da Liga, os dois clubes defrontaram-se pela última vez em 2017/18, empatando 1-1, na Luz, para a fase de grupos, e disputaram duas meias-finais, com vitórias da equipa da casa, dos ‘arsenalistas’ por 3-2 nos penáltis, após 0-0, em 2012/13, e dos ‘encarnados’ por 2-1, em 2015/16.
A anteceder a ‘final four’, o Sporting cedeu um empate na receção ao Rio Ave (1-1), quatro dias depois de ser ‘corrido’ da Taça de Portugal pelo Marítimo (0-2 no Funchal), e perdeu a hipótese de ganhar pontos à concorrência.
Tudo ficou na mesma entre o trio da frente, já que, no Dragão, FC Porto e Benfica empataram a um golo, numa ‘batalha’ intensa em que os ‘encarnados’ igualaram a agressividade dos ‘dragões’ e até poderiam ter saído vencedores da Invicta.
Por seu lado, o Sporting de Braga fez ainda pior, ao perder por 2-0 em Paços de Ferreira, e está agora a cinco pontos de FC Porto e Benfica e a nove do Sporting, ficando também escassos dois à maior face ao ‘sensacional’ conjunto de Pepa.
Em Leiria, a primeira meia-final já tem várias baixas confirmadas, sendo que o Sporting não terá Luís Neto, Nuno Mendes e Sporar (todos infetados com covid-19) e o FC Porto atuará desfalcado de Otávio (covid-19) e Taremi (expulso no ‘clássico’).
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