O anúncio foi feito em resposta a um sócio durante a Assembleia Geral (AG) em que se vota a destituição ou a continuidade do Conselho Diretivo (CD) do Sporting, liderado por Bruno de Carvalho.
Marta Soares esclareceu que, se os sócios aprovarem hoje a continuidade de Bruno de Carvalho, o ato vai servir para eleger uma nova MAG e um novo Conselho Fiscal e Disciplinar (CDF). Caso os sócios votem pela destituição do CD, as eleições decorrerão para eleger estes três órgãos do Sporting.
O Conselho Diretivo do Sporting não compareceu à primeira Assembleia Geral (AG) de destituição da história do Sporting, na qual os sócios do clube decidirão o futuro do presidente.
As urnas abriram às 14:50 e o primeiro sócio do Sporting interveio às 15:10, numa assembleia em que cada interveniente tem direito a dois minutos para expor a sua opinião, decorrendo ao mesmo tempo a votação.
A reunião magna foi convocada com o objetivo de decidir o afastamento ou a continuidade de Bruno de Carvalho, presidente do Conselho Diretivo e figura central de uma crise que se agudizou com a perda do segundo lugar na I liga de futebol e a invasão de adeptos à Academia do Sporting, em Alcochete, em 15 de maio.
Bruno de Carvalho, que em fevereiro viu uma larga maioria de sócios legitimar o seu mandato - aprovando alterações aos estatutos e ao regulamento disciplinar, e a continuidade dos órgãos sociais –, é o primeiro presidente a enfrentar a possibilidade ser afastado em quase 112 anos de história do clube.
Eleito em 2013 e reconduzido em 2017, Bruno de Carvalho considerou, desde o início, a AG ilegal e disse, mais tarde, que não marcaria presença no plenário que decorre no Altice Arena, em Lisboa.
Em vésperas da AG, o presidente ‘leonino’ afirmou que se afasta do cargo se a sua destituição for votada de forma fidedigna.
A AG foi convocada por Jaime Marta Soares em 24 de maio, numa altura em que presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) já tinha dito publicamente que se demitira, embora nunca tenha formalizado o pedido.
Além da MAG, o clube ficou também sem quórum no Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD), e o Conselho Diretivo (CD), liderado por Bruno de Carvalho, perdeu seis membros, na sequência do ataque de 15 de maio na Academia, onde cerca de 40 adeptos encapuzados agrediram jogadores e elementos da equipa técnica. Dos atacantes, 27 foram detidos e ficaram em prisão preventiva.
Estes acontecimentos, levaram os futebolistas Rui Patrício, William Carvalho, Gelson Martins, Bruno Fernandes, Battaglia, Bas Dost, Podence, Ruben Ribeiro e Rafel Leão a rescindirem contrato alegando justa causa.
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