A equipa é chefiada pelo superintendente da PSP Luís Elias, que hoje em Lisboa a apresentou e explicou os objetivos: “A nossa função será a troca de informações com as autoridades russas, o acompanhamento e facilitação, e a resolução de pequenos problemas com adeptos, além de dar alguma informação e fazer de elo de ligação sobretudo com as forças de segurança russas” para a resolução de eventuais problemas.
Na Rússia, a equipa divide-se, com dois elementos em permanência no Centro de Cooperação Policial Internacional, em Moscovo, onde estarão delegações de todas as forças policiais dos países que estarão no mundial da Rússia, e os outros três a acompanharem os jogos de Portugal e os adeptos, primeiro em Sochi, no jogo com Espanha, e depois em Moscovo e Saransk.
Segundo Luís Elias, as estimativas mais recentes indicam que no primeiro jogo da seleção nacional estarão entre 1.200 a 1.500 adeptos portugueses, no segundo 1.000 adeptos e no terceiro um pouco menos. A maioria são portugueses que vivem em países vizinhos, como na Alemanha, dizendo a PSP que até agora apenas tem informação de que partirão de Lisboa dois voos “charter” e de Paris outro.
O responsável explicou também que os elementos da delegação são “essencialmente observadores”, de ligação com as autoridades russas, pelo que “é uma missão desarmada”, o que aliás, disse, é a prática deste tipo de missões.
No último Europeu de Futebol a delegação portuguesa estava armada, uma decisão das autoridades francesas, disse na altura à Lusa o chefe da delegação.
Luís Elias disse também que não há nenhum adepto português proibido de viajar para a Rússia e explicou que o número de elementos de cada delegação policial é definido pelas autoridades russas, exemplificando com a Alemanha, que terá seis elementos.
Sobre a segurança no Mundial de Futebol (14 junho a 15 de julho) o responsável disse que as autoridades russas estão “a desenvolver esforços para que tudo decorra dentro da normalidade” e afirmou que tem confiança nesse trabalho. E sobre o perigo que podem representar grupos organizados (violentos) de adeptos russos disse que as autoridades policiais russas informaram que esses grupos “estão controlados”.
Admitindo que “não há eventos de risco zero” o superintendente sublinhou que o grau de probabilidade de incidentes com adeptos portugueses é “bastante baixo”.
A PSP, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e a Direção Geral do Consumidor criaram um “guia do adepto”, com conselhos e informações úteis, nomeadamente relacionadas com a segurança. Pode ser consultado nas páginas oficiais das três entidades na internet, nomeadamente no endereço https://www.portaldiplomatico.mne.gov.pt/.
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