"Eu não peço para trazerem a taça – eu disse isso há dois anos e muita gente ficou muito zangada comigo. Não, eu peço uma coisa mais difícil: que sejam aquilo que são", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma receção à seleção portuguesa de futebol, no edifício do Antigo Museu Nacional dos Coches, em Lisboa.
Perante a equipa técnica e os 23 jogadores convocados para a fase final do Campeonato do Mundo de Futebol de 2018, na Rússia, o chefe de Estado completou: "Porque, se forem aquilo que são, são os melhores dos melhores. Basta serem aquilo que são, e serem em todos os jogos".
Marcelo Rebelo de Sousa referiu que foi esta a mensagem que deixou à seleção portuguesa antes do Europeu de 2016, em França.
"Eu não mudo de ideias. Vou dizer exatamente o que disse há dois anos, aqui em Belém. E o que daqui a dois anos direi, quando for o Europeu e quando cá vierem", afirmou.
Segundo o chefe de Estado, "é uma evidência" que os jogadores portugueses são "os melhores dos melhores" e têm entre si "o melhor do mundo", Cristiano Ronaldo: "É assim. Há dois anos provou-se que éramos os melhores da Europa".
"Nós sabemos isso. É essa a realidade", reforçou.
Dirigindo-se à equipa, o Presidente da República prometeu: "Os portugueses serão exatamente aquilo que são, vossos apoiantes, vossos admiradores, solidários convosco".
Nesta curta intervenção, de cerca de cinco minutos, Marcelo Rebelo de Sousa apontou a seleção como "fator de unidade nacional" e um dos "símbolos da pátria", assim como o hino e a bandeira, "símbolos mais óbvios".
"E a unidade nacional é aquilo que está para além das divisões, das divisões políticas, religiosas, partidárias, económicas, sociais, culturais. É aquilo que nos une, essencialmente", prosseguiu.
"Por muito que pese a um ou outro intelectual", acrescentou o chefe de Estado, "esta equipa, representante de Portugal, é um fator de unidade nacional".
Marcelo Rebelo de Sousa, que em seguida tirou uma fotografia de grupo com a seleção nacional e o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, também presente nesta cerimónia, repetiu uma vez mais aos jogadores que basta serem "o que são" no Mundial da Rússia, "os melhores dos melhores".
O chefe de Estado pediu-lhes também que mantenham "aquela ligação" com o povo português e sintam a proximidade dos "milhões e milhões" que estão dentro e fora de Portugal.
"O país está convosco, o Presidente da República está, como sempre esteve, convosco", concluiu.
Antes de partir para a Rússia, Portugal vai ainda defrontar a Argélia na quinta-feira, no Estádio da Luz, em jogo de preparação com início às 20:15 horas, o último antes da participação na fase final do Campeonato do Mundo de 2018.
A equipa portuguesa, campeã europeia em título, integra o Grupo B do Mundial da Rússia e vai estrear-se frente à Espanha, em Sochi, no dia 15 de junho, antes de defrontar Marrocos, em Moscovo, no dia 20, e o Irão, treinado pelo português Carlos Queiroz, em Saransk, no dia 25 de junho.
Dois anos após a vitória no Europeu de 2016, em França, o selecionador Fernando Santos convocou para o Mundial da Rússia os guarda-redes Rui Patrício, Anthony Lopes e Beto, os defesas Cédric Soares, Ricardo Pereira, Pepe, José Fonte, Bruno Alves, Rúben Dias, Raphael Guerreiro e Mário Rui, os médios William Carvalho, João Moutinho, João Mário, Manuel Fernandes, Adrien Silva e Bruno Fernandes e os avançados Gonçalo Guedes, Bernardo Silva, Gelson Martins, Ricardo Quaresma, Cristiano Ronaldo e André Silva.
Comentários