Protagonistas do jogo ‘choque’ da edição 2014, os 7-1 do Mineirão, nas ‘meias’, os ‘eternos’ candidatos terão, porém, forte concorrência, por exemplo de Espanha (campeã em 2010), França (1998) ou da Argentina (1978 e 1986), de Lionel Messi.
Depois, há ainda uma série de ‘outsiders’, como os também já campeões Uruguai (1930 e 1950) e Inglaterra (1966), uma emergente Bélgica, a Colômbia ou Portugal, que se apresenta com o ‘Bola de Ouro’ Cristiano Ronaldo e como detentor do título europeu.
Numa prova que terá como grande novidade a introdução da tecnologia, mais precisamente do vídeoárbitro, os europeus, que procuram o ‘tetra’, têm a vantagem de jogar em ‘casa’, onde conquistaram nove de 10 edições, sendo exceção o triunfo do Brasil na Suécia, no longínquo ano de 1958.
A seleção que mais títulos conquistou em solo europeu é a grande ausente: a tetracampeã Itália (19304, 1938, 1982 e 2006) falhou a qualificação, 60 anos depois, e não estará na Rússia, tal como a Holanda, vice-campeã em 1974, 1978 e 2010, o Chile, bicampeão sul-americano em título, ou o galês Gareth Bale.
Tendo em conta que na Europa mandam os europeus, a Alemanha, campeã em 1954, 1974, 1990 e 2014, será a candidata número 1, com ou sem o guarda-redes Manuel Neuer, pois a ‘Mannschaft’ também tem Marc-André Ter Stegen.
De resto, Joachim Löw tem à sua disposição um plantel de luxo, em termos de qualidade e quantidade, mesmo sem ter qualquer candidato a melhor do Mundo, e até parece mais forte do que em 2014, tendo até prescindido do ‘herói’ Mario Götze.
A Alemanha, que o ano passado já venceu na Rússia a Taça das Confederações, vai tentar tornar-se a terceira seleção a revalidar o título, depois da Itália (1938) e do Brasil (1962), que se afigura como o pretendente número 2 ao ‘trono’.
Os ‘canarinhos’, campeões em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002, parecem recuperados do ‘Mineirazo’ e terão mais hipóteses se tiveram nas melhores condições a sua grande ‘estrela’, Neymar, que, devido a lesão, não joga desde 25 de fevereiro.
A ‘ressaca’ dos brasileiros foi ‘violenta’ e o início da qualificação preocupante, tanto que já se falava que o Brasil poderia perder o estatuto de único totalista, mas, com Tite, os ‘canarinhos’ voltaram a ser o que quase sempre foram, temíveis.
Na segunda linha da ‘grelha’, partem duas formações que pretendem ‘vingar falhanços recentes: a Espanha, então detentora do cetro, ficou-se pela fase de grupos do Mundial de 2014, enquanto a França perdeu em casa final do Europeu de 2016.
Os espanhóis chegam invictos na ‘era’ Julen Lopetegui, e naquela que poderá ser a última ‘viagem’ de Iniesta, Piqué, Sergio Ramos ou David Silva, enquanto os gauleses continuam com Didier Deschamps e têm muitos ‘ases’, como Griezmann, Pogba ou Mpappé.
Depois de uma fase de qualificação penosa, a Argentina, vice-campeã em título, também pode ‘sonhar’, sobretudo porque Jorge Sampaoli tem Lionel Messi, mas igualmente porque o jogador mais desequilibrador do planeta também tem junto a si Di Maria, Agüero, Higuaín ou Dybala, que terão de se ‘chegar à frente’.
Quanto aos ‘outsiders’, o principal será a Bélgica, provavelmente a equipa com mais ‘craques’ por ‘metro quadrado’, de Eden Hazard a Kevin De Bruyne, passando por Lukaku, Mertens, Witsel, Vertonghen ou Courtois.
A Colômbia, com James Rodriguez e Falcao, vai tentar replicar o que fez em 2014, e o Uruguai, de Cavani e Luis Suárez, o trajeto de 2010, enquanto a Inglaterra aposta numa nova vaga, em ‘miúdos’ como Harry Kane, Dele Alli, Sterling ou Rashford.
Por seu lado, Portugal chega como campeão da Europa e tem Cristiano Ronaldo, o ‘Bola de Ouro’, que terá, provavelmente, a última oportunidade para ‘cravar’ o seu nome na história da competição, no que será a sua quarta fase final.
O ‘velho continente’ tem ainda mais oito formações, sendo que se espera mais de Croácia, Suíça e Polónia do que de Dinamarca, Sérvia, Suécia, agora sem Zlatan Ibrahimovic, da estreante Islândia ou da anfitriã Rússia.
O Peru, que não deverá ter Paolo Guerrero, é a equipa mais frágil da América do Sul, mas pode sempre criar problemas, como o vizinho nortenho México, de Herrera, Layún, Reyes e Jiménez, que é mais forte do que Costa Rica ou o estreante Panamá.
Quantos aos africanos, o Egito, se tiver Salah, e o Senegal, de Sadio Mané, parecem ter mais hipóteses de ‘brilhar’ do que Marrocos, Nigéria e Tunísia, enquanto Austrália, Japão, Coreia do Sul, Irão e Arábia Saudita sabem que dificilmente passarão da primeira fase, mas tentarão surpreender.
O Mundial de 2018 realiza-se na Rússia, de 14 de junho a 15 de julho, com as equipas numa primeira fase divididas em oito grupos de quatro. Os dois primeiros de cada seguem para os ‘oitavos’, seguindo-se ‘quartos’, ‘meias’ e a final, no Luzhniki.
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