Com 2,03 metros de altura e, no auge da carreira com 233 quilogramas de peso, Akebono tornou-se o primeiro yokozuna estrangeiro da história do sumo em 1993.
Morreu no início deste mês de insuficiência cardíaca, disse a agência de notícias japonesa Kyodo.
Nascido no Havai (EUA) em 1969, Chadwick Haheo Rowan foi aí descoberto por outro pioneiro do sumo havaiano: Takamiyama, o primeiro não japonês a vencer um torneio de sumo e que se tornou o mestre de Akebono na modalidade.
Akebono deu os primeiros passos no Japão em 1988 no ‘dohyo’, o pódio de barro onde se travam os combates, ao mesmo tempo que os dois irmãos e campeões japoneses Takanohana e Wakanohana, descendentes de uma longa linhagem de lutadores de sumo.
A rivalidade entre os três lutadores fez manchetes na imprensa desportiva japonesa e encantou o público. Akebono venceu um total de 11 torneios e foi escolhido para fazer uma demonstração de sumo na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de inverno de Nagano, no Japão, em 1998.
Em julho de 2000, tornou-se também a primeira pessoa a receber a “Taça Jacques Chirac”, como é conhecido o troféu atribuído a partir dessa data aos vencedores de torneios em nome da amizade franco-japonesa e da paixão do antigo presidente francês pelo sumo e pelo Japão em geral.
“Fiquei profundamente triste ao saber da morte de Akebono, um gigante do mundo do sumo, um havaiano orgulhoso e uma ponte entre os Estados Unidos e o Japão”, escreveu o embaixador norte-americano no Japão, Rahm Emanuel, na rede social X (antigo Twitter).
“Ao longo de 35 anos no Japão, Akebono reforçou os laços culturais entre os Estados Unidos e a pátria de adoção, unindo-nos a todos através do desporto”, acrescentou.
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