Três outras pessoas foram também detidas por indícios de envolvimento no mesmo caso, referiu Mateus Mindú, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Chimoio, capital da província de Chimoio.
"A polícia está à procura de outras pessoas suspeitas de envolvimento no caso da venda de bilhetes para os jogos do Textáfrica", referiu.
Os funcionários do clube desconfiaram do facto de terem sido vendidos poucos bilhetes, mas o campo estar lotado no jogo que a equipa disputou no domingo na primeira divisão do campeonato nacional de futebol.
"O campo estava lotado, mas quando fui à bilheteira fiquei a saber que haviam vendido apenas um bloco e isso despertou atenção", declarou Alfredo Lampião, chefe de segurança do Textáfrica, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).
Como resultado da investigação, foram detetados 16 espetadores com bilhetes falsos, que prontamente indicaram que tinham adquirido os ingressos nas imediações do campo a preços entre 100 a 150 meticais o bilhete (entre um e dois euros) contra o custo oficial de 200 meticais (2,6 euros).
"Trabalhámos com 16 pessoas que estavam a assistir ao jogo no campo e ajudaram-nos bastante na identificação do grupo", afirmou.
Alfredo Lampião adiantou que o Textáfrica foi lesado em 300 mil meticais (quatro mil euros) devido à falsificação de bilhetes usados para o jogo do último domingo.
Pelas averiguações feitas, concluiu-se que nos anteriores dois jogos da equipa, também se verificaram casos de venda de bilhetes falsos.
O porta-voz da polícia moçambicana em Manica acrescentou que a corporação está a trabalhar para a neutralização dos donos da máquina que era usada para a produção dos bilhetes falsos.
"Agora falta neutralizar os donos da máquina e o respetivo equipamento, mais alguns que também estão a monte", disse.
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