“O que é importante, aos meus olhos, é que nenhuma pessoa é criminosa se não for condenada. É por isso que se deve aplicar o princípio da presunção de inocência em todos os domínios”, afirmou Cristobal Montoro, em conferência de imprensa, quando questionado sobre o tratamento mediático deste processo.
O avançado português foi chamado a depor no tribunal de instrução de Alarcón, em Madrid, no próximo dia 31 de julho, no âmbito da acusação do Ministério Público de o futebolista português ter defraudado o fisco espanhol em 14,7 milhões de euros.
O futebolista português é acusado de quatro delitos contra os cofres do Estado, cometidos entre 2011 e 2014, que contabilizam uma fraude tributária de 14.768.897 euros, incorrendo numa multa superior a 28 milhões de euros e em prisão efetiva de um mínimo de sete anos.
Para Cristobal Montoro, não respeitar a presunção de inocência “não é digno de uma sociedade moderna, de um Estado de direito, isso não faz sentido e deve haver mais equilíbrio”.
Antes da convocatória do futebolista ao tribunal, o governante advertiu que os desportistas devem ser “exemplares” e “particularmente escrupulosos no cumprimento das suas obrigações fiscais”, uma vez que “irradiam sobre toda a sociedade, por exemplo para os jovens e para as crianças”.
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