Num ‘play-off’ de acesso aos oitavos de final em estreia, numa época em que a UEFA introduziu uma terceira competição, a Liga Conferência Europa, os ‘azuis e brancos’ começam no Dragão, enquanto os ‘arsenalistas’ arrancam na Moldávia.
Na reedição do histórico confronto das meias-finais da Taça UEFA de 2002/03, que o FC Porto superou categoricamente (4-1 em casa e 0-0 fora), a formação de Sérgio Conceição surge numa série de 13 jogos sem perder, incluindo 12 vitórias.
A exceção, depois do 1-3 caseiro com o Atlético de Madrid que custou o adeus à ‘Champions’, aconteceu precisamente no último jogo, na sexta-feira, em que os ‘dragões’ recuperaram de 0-2 para 2-2 perante o campeão nacional em título Sporting.
Num jogo que acabou com cenas muito lamentáveis, dentro e fora do relvado, o FC Porto conseguiu o mais importante, a manutenção de seis pontos de vantagem na frente da I Liga, e parte moralizado, com as baixas, insignificantes, de Marchesín e Wendell.
Por seu lado, a Lazio venceu o último jogo (3-0 ao Bolonha, com um penálti de Immobile e um ‘bis’ de Zaccagni), mas tinha perdido o anterior por 4-0 (com o AC Milan, para a Taça), e segue apenas no sexto lugar da Serie A, a 13 pontos dos milaneses.
A formação ‘laziale’, comandada por Maurizio Sarri, tem feito uma época muito irregular, sendo que, na Liga Europa, foi segunda no Grupo E, atrás do Galatasaray, que seguiu direto para os ‘oitavos’, e à frente de Marselha e Lokomotiv Moscovo.
O embate entre FC Porto e Lazio marca também o reencontro de Sérgio Conceição com os italianos, ao serviço dos quais venceu, como jogador (1998/2000 e 2003/2004), Taça das Taças, Supertaça Europeia, Liga italiana, Taça de Itália e Supertaça transalpina.
Os ‘dragões’ são favoritos, mas não tanto como o Sporting de Braga, mesmo tendo em conta que o ‘outsider’ Sheriff Tiraspol já cometeu esta época a proeza de vencer fora o Real Madrid (2-1) e também na receção ao Shakhtar Donetsk (2-0).
Os moldavos, em estreia na Liga dos Campeões, não conseguiram o acesso aos oitavos de final, mas lograram ‘cair’ para a Liga Europa, com o terceiro posto do Grupo D, atrás de ‘merengues’ e do Inter Milão, mas à frente dos ucranianos.
Apesar deste ‘cartão de visita’, o Sporting de Braga, de Carlos Carvalhal, apresenta-se com mais argumentos, nomeadamente a experiência, já que está em fases a eliminar da Liga Europa, pós fase de grupos, pela quinta vez nos últimos sete anos.
Nas derradeiras três presenças nos então 16 avos de final, os ‘arsenalistas’ foram afastados, mas por Marselha (2016/17), Rangers (2019/20) e Roma (2020/21).
O último apuramento para os ‘oitavos’ data de 2015/16, época em que o Sporting de Braga eliminou Sion e Fenerbahçe, para atingir os quartos de final, nos quais foi afastado pelos ucranianos do Shakhtar Donetsk. Melhor só a final em 2010/11.
Para o encontro da primeira mão, os ‘arsenalistas’ têm uma baixa por castigo (Diogo Leito) - sendo que um amarelo retira Castro e Al Musrati da segunda -, enquanto os moldavos contam com duas (Edmund Addo e Gustavo Dulanto).
No que respeita aos outros embates do ‘play-off’, destaque para a ‘estranha’ presença do FC Barcelona, que, no primeiro ano pós Lionel Messi, falhou o que seria uma 18.ª presença consecutiva nos ‘oitavos’ da ‘Champions’, muito por culpa do Benfica e de um desaire na Luz por 3-0, ainda antes de Xavi – 0-0 em Nou Camp.
O ‘Barça’, que vai cumprir o seu primeiro jogo de sempre na Liga Europa, recebe o Nápoles, na reedição do recente embate nos oitavos de final da ‘Champions’ 2019/20, que permitiu ao ‘Barça’ chegar à ‘final a 8’ de Lisboa (1-1 fora e 3-1 em casa).
Além do jogo marcado para o reduto do FC Barcelona, que tem na Liga Europa a única possibilidade de vencer algo em 2021/22, destaque para a receção do Leipzig à Real Sociedad, do Borussia Dortmund ao Rangers e do Zenit ao Betis.
Por seu lado, o Olympiacos, do treinador luso Pedro Martins, desloca-se ao reduto da Atalanta, enquanto o Sevilha, recordista de vitórias na ‘era’ Liga Europa (2013/14, 2014/15, 2015/16 e 2019/20), é anfitrião do Dinamo Zagreb.
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