“Todos sabemos que financeiramente não é fácil. Tem de haver uma engenharia financeira, na qual o presidente é muito forte. O Cavani já estava a ser falado e conversado antes de eu chegar ao Benfica. O presidente está a fazer tudo para que isso aconteça", garantiu Jorge Jesus, em entrevista ao canal televisivo do clube.
O internacional uruguaio, de 32 anos, que joga no Paris Saint-Germain desde 2013, seria um efetivo reforço para o ataque dos ‘encarnados’, que contam com Vinicius, Seferovic e Dyego Souza como as principais referências no eixo ofensivo.
“Quando chegámos, não o pedi. Se me perguntarem se quero? Quem não quer? Não só para o Benfica, como para o futebol português. Nós, em Portugal, temos dificuldade em competir com outras equipas de outros países. Se pudéssemos competir com os outros, já tínhamos vencido uma ‘Champions’”, observou.
Quanto ao internacional brasileiro, Jesus confia que Cebolinha “vai ser valorizado”: “Vai valorizar-se mais no campeonato português, porque está no centro da Europa, onde todos estão a observar. Vai valorizar-se muito", reforçou.
Jorge Jesus assumiu que pretende cerca de uma dezena de reforços, neste caso a contar já com os oficializados, o extremo Pedrinho, o guarda-redes Helton Leite e o lateral direito Gilberto.
“Não contando com o Helton e o Pedrinho, que estavam contratados. Só contratámos dois. A nossa ideia é podermos contratar mais um jogador por posição. Se formos cobrar um por posição são 11, mas não é nada disso. Serão seis, sete, no máximo, contando com os que foram contratados”, esclareceu.
Sobre Gilberto, o primeiro reforço confirmado daqueles que pediu, diz que “é um jogador tecnicamente evoluído, mas não é um que possa, à primeira ideia, ser um futebolista com uma qualidade técnica muito superior”.
“Mas é muito competitivo, joga 90 minutos sempre muito forte. O melhor dele é ofensivamente, faz golos. Tem alguns defeitos, mas por isso é que aqui estou. Ele e o André Almeida vão disputar a titularidade, mas há espaço para todos e todos vão ser titulares”, acrescentou.
O treinador entende que o Benfica “precisa de ter jogadores com algum peso e poder, não só desportivo, mas também poder técnico para poder também ajudar os mais jovens, como o Tavares, Rúben, Ferro”.
Jorge Jesus diz que se valorizou “muito” como treinador, entende que “não vale tudo para ganhar” e garante que no Flamengo se tornou “não só mais compreensivo, como melhor treinador".
A luta pelo título será a habitual, com o campeão FC Porto e o Sporting, pois entende que o Sporting de Braga, apesar de estar “cada vez mais a dar passos para estar perto dos três grandes”, não considera que esteja “já igual aos três grandes”.
“Não tem a matéria humana que tem o Benfica, o FC Porto e o Sporting e isso faz a diferença. Agora, em termos de estrutura e de ter um patamar de jogadores cada vez com mais valor, está a acontecer. O Braga vai tentar juntar-se mais aos três grandes", vaticinou.
Aos 66 anos e com contrato por duas épocas com o Benfica, Jesus assume que “dificilmente” vai terminar a carreira nos lisboetas.
“Não sei o dia de amanhã. Posso acabar a carreira no Benfica, mas não sei. O presidente ofereceu-me quatro anos e foram dois. Eu só queria um. Desejava voltar ao Benfica, queria voltar a Portugal”, admitiu.
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