Os ‘encarnados’ disputam na terça-feira os oitavos de final da prova ‘rainha’ do futebol português e visitam os ‘dragões’ na sexta-feira, em desafio da I Liga, dois jogos importantes para os objetivos da época, mas Jesus sublinhou que “jogar de dois em dois dias condiciona sempre as escolhas” e que não privilegia as alterações “em relação ao adversário”.
“Claro que nessas escolhas há uma dose de pensar em quem é o adversário mais forte, mas a partir do momento em que começamos a jogar de dois em dois dias vai haver muita modificação. E este jogo de amanhã [terça-feira] começa já um ciclo em que há muitos jogos. Vamos mexer em alguns jogadores, mas em relação ao FC Porto não. Tem mais a ver com o jogo com o Tondela e com o Estrela da Amadora e, claro, passados três dias, com o FC Porto”, explicou o técnico, em conferência de imprensa, no Seixal.
Nesse sentido, Jorge Jesus admitiu que, “apesar de ainda ter um treino” na terça-feira, o centro da defesa é um dos setores em que vai promover alterações, mas, mais uma vez, voltou a apontar a sobrecarga de jogos e não os rivais para justificar a sua opção.
“O Benfica, por jogar de dois em dois dias, tem de pôr outros [defesas] centrais a jogar, outros jogadores a competir, para que no dia em que tiver de mudar tenha jogadores que já tenhamos visto não só em competição, mas também em treino, para nos dar total segurança”, justificou.
Além da defesa, Jesus admitiu que o avançado Gonçalo Ramos, que recuperou recentemente da infeção pelo novo coronavírus, “vai ser convocado e com certeza vai jogar”, mas o mesmo não acontece com Cervi e Gabriel, que cumpriram no domingo 10 dias após o teste positivo ao novo coronavírus.
“Fazendo ontem [domingo] 10 dias, não têm condições físicas nem psicológicas para fazer o jogo”, frisou o treinador.
Jorge Jesus considerou mesmo que o vírus SARS-CoV-2 é, neste momento, o principal obstáculo à concentração dos jogadores, mas, questionado sobre uma possível paragem do futebol durante o confinamento, que poderá ser anunciado esta semana pelo Governo, lembrou que “o futebol e as equipas têm sido um exemplo” no combate à pandemia.
“Portanto, por mim, continuava sempre. O campeonato não para porque há uma segurança total em relação às equipas de futebol. Mas se a DGS [Direção-Geral da Saúde] entender que temos de parar, temos de cumprir as decisões governamentais”, comentou.
O Benfica visita na terça-feira o Estrela da Amadora, às 21:15, num encontro dos oitavos de final da Taça de Portugal que Jorge Jesus antevê “bem disputado e competitivo”, por ser para uma competição em que as equipas mais pequenas "jogam com a expectativa de poder surpreender”.
O técnico lembrou o exemplo do próprio Estrela da Amadora, que “já ganhou uma Taça de Portugal”, em 1991, mas frisou que “o Benfica tem de ter mais argumentos” para continuar numa competição que “diz muito” ao técnico “e a todos os adeptos de futebol em Portugal”.
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