O organismo garante pretender “fechar a crise institucional aberta” após o Mundial, divulgando uma declaração de princípios no seguimento da reunião da última noite com as jogadoras, que teve mediação do Conselho Superior dos Desportos de Espanha.
Na nota hoje divulgada, a RFEF diz que “está consciente da absoluta necessidade de iniciar uma nova etapa” e assim “fechar a crise institucional aberta” depois da vitória sobre a Inglaterra, por 1-0, na final do Campeonato do Mundo que se disputou na Austrália e na Nova Zelândia.
A RFEF manifesta o apoio a “todas as internacionais que estão a passar por circunstâncias indesejadas” e reitera o pedido de “desculpas pelo que aconteceu depois da vitória no Mundial, a cada uma e em particular a Jenni Hermoso, imersa por uma situação que não gerou”. “Vamos apoiá-las sempre”, sublinha o organismo.
Para a federação, “é importante assinalar, ante os acontecimentos das últimas horas, que em nenhum momento houve intenção de trazer mais ruído e pressão às jogadoras”, sendo que lamenta “profundamente” que isso tenha sido considerado pela forma escolhida da convocatória para os próximos jogos.
Na segunda-feira, a nova selecionadora, Montse Tomé, anunciou a lista de convocadas para dois jogos da Liga das Nações, mas as internacionais responderam com um comunicado em que reiteravam a vontade de não ser convocadas, enquanto não se procedesse às alterações que exigiam.
“Nos últimos dias, assumimos o nosso compromisso público de realizar mudanças estruturais, para iniciar uma nova etapa, absolutamente necessária, que respeite critérios de boa gestão, transparência e igualdade”, argumenta a RFEF.
A RFEF sublinha que as jogadoras “necessitam de sentir que a Federação é a sua casa, um local seguro para mostrar o seu profissionalismo e qualidade desportiva, ostentando o privilégio de representar Espanha”.
“Os passos dados até ao momento” pela direção atual da RFEF “sempre procuraram este objetivo”, defende-se. No entanto, a federação reconhece que não conseguiu até terça-feira “criar um clima de confiança com as internacionais”.
“Acelerámos as mudanças previstas e comunicámos, tanto ao CSD como às jogadoras internacionais, a decisão. O futebol espanhol merece um reconhecimento absoluto, e todos os que fazemos parte dele devemos unir-nos para o conseguir”, conclui a nota a RFEF
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