O campeão ucraniano avança para a segunda mão em melhor posição, mas não pode ainda dar a eliminatória totalmente encaminhada, já na capital italiano tudo pode mudar com um golo dos ‘gialorossi’.
Em Kharkiv, na 'casa emprestada' do Metalist, como tem sido regra recente para as competições europeias, a Roma chegou ao intervalo a ganhar, após o que o Shakhtar mandou no jogo e poderia ter feito mais que o 2-1 final.
Aos 41 minutos, Cengiz Under apareceu na cara de Pyatov e abriu o marcador, com a bola a ressaltar no guarda-redes.
Na segunda parte, Paulo Fonseca retificou a equipa, que passou a ser mais pressionante a meio campo. As mudanças não demoraram a dar frutos e aos 51 minutos
Depois de um lançamento longo de Rakytskiy, o argentino Ferreyra ficou em luta direta com Manolas, a quem 'fez um tunel', para depois rematar em jeito, a contar.
O 2-1 também teve 'perfume' sul-americano e foi marcado pelo brasileiro Fred. Foi de livre direto, a 22 metros da baliza, com a bola a aliar potência a precisão.
O Shakhtar esteve muito, muito perto de chegar ao 3-1, especialmente com a ocasião soberana que teve aos 90+3, com Ferreyra a, desta vez, desperdiçar.
A visitar de 'Mou' ao Ramón Sánchez Pizjuán
Também não se saiu mal José Mourinho, com o empate sem golos em Sevilha, num jogo em que o Manchester United foi muito pressionado.
Os 'red devils' têm tudo a agradecer ao seu guarda-redes David de Gea, com uma noite absolutamente excecional.
A tática do clube inglês era simples - bolas longas para Lukaku, à procura do contragolpe, de uma jogada repentista. Mas isso falhou totalmente.
Por outro lado, o ataque andaluz tinha qualidade insuficiente para a dura defesa dos ingleses e, sobretudo, para ultrapassar De Gea absolutamente inspirado.
Pode queixar-se o Sevilha de alguma falta de sorte e de decisões erradas do árbitro, como o penálti não concedido por falta sobre Navas, aos 87.
“Precisamos de ter uma grande noite em Old Trafford para superar este Sevilha. Hoje terminámos a partida com mais espaço disponível do que no início e sentimos alívio depois de alguns erros que cometemos e do adversário ter tido duas grandes chances que o De Gea correspondeu com duas grandes defesas”, disse o treinador português do Manchester United no final da partida.
Fora esses dois lances, nos quais não isenta a sua defesa de culpas, Mourinho considerou que a partida foi equilibrada: “As estatísticas são o que são, às vezes fazem-se 15 remates e em que 13 deles são aquilo que chamo de ‘remates estatísticos’ e por isso entendo que o resultado reflete o que se passou no jogo”.
Questionado se o nulo é um bom resultado, tendo em conta que falta a segunda parte da eliminatória, o técnico luso entende que “não foi bom nem mau”, mas o lado positivo é que a decisão vai ser em Old Trafford, e aí o Manchester United precisa de uma grande noite para seguir em frente na Liga dos Campeões”.
Ligeira vantagem na eliminatória para as equipas treinadas por portugueses, mas fica tudo em aberto para a segunda mão, a 13 de março.
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