Escreve o diário desportivo que o presidente dos Leões foi ouvido no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa e constituído arguido no âmbito de um processo que resulta de uma queixa-crime de Paiva dos Santos e que ainda está em fase de inquérito.
Em causa, escreve a Sábado, estão acusações de difamação, devassa da vida privada, violação de correspondência e instigação pública a crime.
No âmbito deste caso, além do atual presidente leonino, será ouvido o diretor de comunicação do Sporting, Nuno Saraiva, e membros da direção da Sporting TV, nomeadamente Rui Miguel Mendonça e Sérgio Sousa.
Na origem desta queixa estará uma publicação de Bruno de Carvalho na rede social Facebook, onde acusada Paiva dos Santos de se coordenar com o comentador da TVI Pedro Guerra, afeto ao Sport Lisboa e Benfica, para pedir uma auditoria ao seu primeiro mandato (2013-2017).
“Não podemos admitir este tipo de sportinguistas que são capazes de vender a alma ao diabo”, escreveu à data Bruno de Carvalho.
Reeleito presidente do Sporting em março do ano passado e sócio dos ‘leões’ desde 1986, Bruno de Carvalho, de 45 anos, é licenciado em Gestão e mestre em Gestão do Desporto e de Organizações Desportivas, tendo trabalhado durante 18 anos na área da construção civil.
Durante a sua juventude, praticou futebol, râguebi e luta livre, tendo ainda o curso de treinador de futebol de II nível.
Bruno de Carvalho foi membro da Juventude Leonina entre 1985 e 1990 e, nos últimos anos, pertenceu à Torcida Verde.
O presidente do Sporting é neto do escritor Eduardo de Azevedo, autor de A História e Vida do Sporting Clube de Portugal, irmão de José Pinheiro de Azevedo, primeiro-ministro de Portugal do VI Governo Provisório.
O seu primeiro mandato à frente dos Leões ficou marcado pela reestruturação financeira e a ‘guerra’ com o Benfica, alimentada pelas contratações de Jorge Jesus e de Nelson Évora. O antigo vice-presidente da secção de hóquei em patins dos “leões” fez esquecer o ‘catastrófico’ sétimo lugar de 2012/13, pior classificação de sempre do clube, com duas segundas posições e um terceiro, sem conseguir, porém, o ambicionado título de campeão. Durante este período, Bruno de Carvalho iniciou a construção do pavilhão João Rocha – uma promessa eleitoral -, patrocinou o regresso do ciclismo e conseguiu um acordo plurianual com a NOS para a cedência dos direitos de transmissão televisiva dos jogos da equipa de futebol superior a 500 milhões de euros.
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