A Team New Zealand venceu a 36ª edição da America’s Cup ao vencer, ao largo de Auckland, o Luna Rossa por 7-3. Ao sétimo dia de prova e com 10 regatas disputadas, entre 13 prevista, o “defender” reteve, em casa, na Nova Zelândia, o Auld Mug, o mais antigo troféu no desporto internacional.
A tripulação liderada por Peter Burling e o clube náutico que representa, Royal New Zealand Yacht Squadron, vencem, pela quarta vez a mais antiga competição do planeta, datada de 1851, troféu que ergueram, também em 1995, 2000 e 2017, esta última, perante os americanos do Oracle Team USA (7-1), nas Bermuda.
Num ano marcado pela pandemia da covid-19, esta é uma prenda especial para o clube que completa 150 anos de história e para os cinco milhões de habitantes deste país do hemisfério sul.
“É absolutamente irreal conseguir fazer isto nas nossas águas, penso que a toda a nossa equipa está incrivelmente orgulhosa”, disse Peter Burling, timoneiro neozelandês, no porto de Waitematā. Receber “mensagens de todos, da primeira-ministra a alunos, significa tudo para nós”, acrescentou o velejador que soma com o Emirates Team New Zealand o segundo título da Taça América em vela.
“Sei que com todas as limitações internacionais que a covid criou, esta não era a competição que eles esperavam, mas deixaram-nos muito orgulhosos”, relembrou a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern.
Os italianos do Luna Rossa Prada Pirelli, desafiante (challenger) liderados por Jimmy Spithill e Francesco Bruni, falham, à terceira tentativa, a conquista do duelo náutico entre nações. Perderam, em 1992, para os Estados Unidos da América (5-0) e, em 2000, perante a mesma equipa neozelandesa (4-1).
“Foi uma experiência fantástica, queremos dar os parabéns à TNZ pelo trabalho fantástico”, disse, Francesco Bruni, co-timoneiro italiano. “Também tenho que dar os parabéns à Luna Rossa, provamos ao mundo que poderíamos fazer isso e sim, foi falta de sorte nos últimos dias, mas fizemos um ótimo trabalho como equipa”, salientou.
E o desafiador da 37ª edição é...
A 36ª edição finalizou, mas a bandeira da mais antiga prova planetária mantém-se içada.
E isto, porque, cabe ao vencedor, mal a regata termina, aceitar o nome do próximo desafiador (Challenger of Record), para a 37ª edição da Taça América, uma tradição mantida ao longo dos 170 anos de prova.
Embora o Royal New Zealand Yacht Squadron não tenha revelado quem estará do outro lado, tudo aponta que seja o Royal Yacht Squadron of Britain, do Ineos Team UK, tripulação com bandeira inglesa batida nas challenger series para esta Taça América, pelos italianos do Luna Rossa.
“Recebemos um desafiador para a 37ª America’s Cup,” afirmou Hayden Porter, diretor-geral do RNZYS ao jornal neozelandês New Zealand Herald. “Há muitos detalhes a analisar. Discussões a serem tidas nos próximos dias, semanas, meses e as coisas acontecerão a partir daqui”.
Caberá ao desafiador ajudar na preparação para a próxima competição, incluindo localização, data e tipo de barcos.
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