“Nós não gostamos de vê-la a ser perseguida ou maltratada”, referiu Energy Mutodi, vice-ministro da Informação.
“O incidente ocorreu enquanto ela [Grace Mugabe] beneficiava de imunidade diplomática. Não podem voltar atrás e continuar agora. Nós não apoiamos a extradição”, acrescentou.
Na quarta-feira, as autoridades sul-africanas emitiram um mandado de detenção contra a ex-primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe.
Em finais de julho, a justiça sul-africana determinou que é inconstitucional a imunidade diplomática concebida a Grace Mugabe, que a impedia de ser julgada pela alegada agressão a uma modelo com um fio elétrico, em 2017.
A imunidade diplomática protegeu a antiga primeira-dama Grace Mugabe de uma denúncia por alegadamente agredir a modelo Gabriella Engels, em Joanesburgo.
A decisão tinha sido contestada perante a Justiça, tanto pela própria vítima como por outras organizações, como Afrikaner Afriforum e os partidos da oposição.
De acordo com a agência EFE, as partes argumentaram que a imunidade diplomática de Grace Mugabe deveria ter cessado quando o seu marido, Robert Mugabe, deixou a Presidência do Zimbabué em novembro de 2017, e que o governo sul-africano, na época liderado por Jacob Zuma concedeu imunidade diplomática à ex-primeira-dama após o incidente, a fim de livrá-la do processo judicial.
Grace Mugabe foi denunciada em agosto de 2017 na África do Sul por alegadamente agredir com uma extensão elétrica Gabriella Engels, de 20 anos, que se encontrava no mesmo hotel do que a primeira-dama com amigos.
A imunidade diplomática só pode ser aplicada no caso de estar numa viagem oficial, mas Grace Mugabe estaria na África do Sul para um exame médico devido a um ferimento que sofrera num acidente de carro recente.
O governo da África do Sul, no entanto, concordou em reconhecer a imunidade e tanto Grace Mugabe como o seu marido, Robert Mugabe, que também se encontrava na África do Sul, “regressaram apressadamente ao Zimbabué sem participar na cimeira”, explica a EFE.
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