Os contratos de arrendamento tinham até agora cinco anos de duração e os agricultores em causa mantiveram-se no país apesar da controversa reforma agrária de Mubage, no início dos anos 2000, que conduziu o Zimbabué a uma grave crise económica.
O novo presidente zimbabueano, Emmerson Mnangagwa, que sucedeu a Robert Mugabe em novembro após um golpe militar, comprometeu-se a relançar a economia.
O seu governo ordenou em dezembro a evacuação das quintas ocupadas ilegalmente e a restituição, simbólica, de terras confiscadas a um agricultor branco.
A decisão de Mnangagwa foi bem recebida por muitos agricultores brancos, que a veem como um passo na recuperação do seu envolvimento na agricultura do Zimbabué.
“Isto é o que desejávamos”, disse Peter Stely, presidente do Sindicato dos Agricultores Comerciais, adiantando que muitos dos seus membros “estão prontos para começar a cultivar novamente”.
“Os arrendamentos de 99 anos trarão uma certeza que foi destruída com as invasões”, disse ainda.
Segundo o Sindicato dos Agricultores (CFU), o Zimbabué conta atualmente com cerca de 200 agricultores brancos ativos.
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