“Infelizmente, eles [Rússia] comunicam como terroristas, mas a única diferença é que os terroristas usam máscara e eles nem sequer escondem os rostos”, afirmou Zelensky, em Kiev, numa conferência de imprensa conjunta com a primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni.
O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou hoje a suspensão do Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START) assinado com os Estados Unidos, referindo que não se trata de um “abandono” do acordo e alegando que o país “deve estar preparado para realizar ensaios nucleares, se os Estados Unidos o fizerem primeiro”.
Zelensky admitiu não ter acompanhado em direto o discurso de Putin, hoje de manhã, visto que nesse momento estava concentrado no que acontecia em Kherson, onde pelo menos seis pessoas morreram e 21 ficaram feridas num novo ataque russo.
O Presidente ucraniano assegurou ainda não ter visto “nenhum documento oficial” sobre o plano de paz anunciado pelo chefe da diplomacia da China, embora tenha tido conhecimento que houve uma “comunicação informal” a esse respeito.
Durante um discurso na Conferência de Segurança de Munique, o diretor do Gabinete para as Relações Externas do Partido Comunista da China (PCC), Wang Yi, reiterou que a China vai continuar a fazer “esforços” em prol da paz na Ucrânia e que o seu país sugeriu que Kiev e Moscovo “se sentem juntos”, para negociar uma “solução política” para o conflito.
Na sexta-feira, assinala-se o primeiro aniversário da ofensiva militar russa na Ucrânia, iniciada na madrugada de 24 de fevereiro de 2022.
Após um ano do início da ofensiva militar, levada a cabo sob o pretexto da necessidade de “desnazificar” e “desmilitarizar” a Ucrânia para segurança da Rússia, Putin não atingiu o objetivo de controlar totalmente o Donbass, ainda que tenha conseguido manter um corredor terrestre que une o leste ucraniano à anexada península ucraniana da Crimeia (em 2014), através da costa do mar de Azov.
Nas últimas semanas, fontes ucranianas e ocidentais têm alertado para o início de uma nova grande ofensiva russa, cenário que tem desencadeado apelos para aumentar o fornecimento de armamento a Kiev.
Em reação à ofensiva russa, a comunidade internacional tem imposto a Moscovo sanções políticas e económicas sem precedentes.
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