“Começámos a trabalhar com a equipa do Presidente Trump e já sentimos que o sucesso é possível”, escreveu nas suas redes sociais a partir de Munique, onde no sábado à noite concluiu dois dias de maratona de discursos perante líderes europeus e norte-americanos.

Nestes dois dias, o Presidente da Ucrânia teve também uma agenda intensa de encontros com diferentes políticos, sobretudo dos EUA, como o vice-presidente, JD Vance, o secretário de Estado, Marco Rubio, e o enviado para a guerra na Ucrânia, Keith Kellogg.

Volodymyr Zelensky sublinhou que os Estados Unidos são agora vistos no mundo como uma força que não só pode parar a guerra, mas também ajudar a garantir a fiabilidade da paz após um cessar-fogo.

Em Munique, Volodymyr Zelensky e JD Vance concordaram em trabalhar para uma paz duradoura, enquanto os líderes europeus observavam à margem e com algum receio que a Europa fosse excluída dos planos dos Estados Unidos, tanto à mesa das negociações como nas consultas prévias.

Num evento paralelo à Conferência de Segurança ocorrido na véspera, Keith Kellogg afirmou que a Europa não poderá participar diretamente nas negociações de paz, embora possa apresentar ideias e sugestões.

O Presidente ucraniano defendeu, no entanto, que a Europa deve ter uma voz ativa, afirmando que “a paz real é possível”, mesmo que haja diferentes tentativas de Putin para “enganar o mundo inteiro e prolongar a guerra”.

“Temos de a alcançar [a paz]: a Ucrânia, os Estados Unidos e a Europa. Esta é a nossa segurança comum”, realçou Volodymyr Zelensky.