Falando perante uma Altice Arena lotada, e poucos minutos antes do pontapé inicial da cimeira, Medina disse aos conferencistas: “500 anos depois, Lisboa torna-se agora a capital do mundo por vossa causa”.
Cinco séculos depois da primeira viagem de circum-navegação, levada a cabo por Fernão de Magalhães, o presidente da Câmara quis assinalar a efeméride (que na verdade se comemora em 2019), oferecendo um retrato do navegador português ao fundador da Web Summit, Paddy Cosgrave.
“Há 500 anos, Lisboa era o centro do mundo, com inovação, ciência, tecnologia, com a coragem de descobrir novos mundos”, apontou o socialista, salientando que o mundo que Fernão de Magalhães “ajudou a descobrir e construir” é aquele que “as novas gerações das mais brilhantes pessoas, empreendedoras, corajosas estão a descobrir”.
Tomando o palco depois do secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, e do primeiro-ministro, António Costa, o autarca afirmou que os conferencistas vão poder encontrar na capital portuguesa “um dos mais escassos recursos nos nossos dias – abertura, tolerância, o querer bem, o receber a todos”, vincando que “toda a gente é bem-vinda a Lisboa”.
“Somos muito orgulhosos da nossa cidade, dos nossos valores. É por isso que estamos muito orgulhosos por esta cidade ser a casa da Web Summit nos próximos dez anos, porque o que tentamos mostrar com esta decisão é que queremos fazer de Lisboa a capital para a inovação, para os empreendedores, mas principalmente a capital da tolerância, do diálogo, onde as pessoas falam entre si, sem discriminação”, acrescentou.
“O meu desejo nestes dias é que tenham a oportunidade para nos conhecer verdadeiramente”, considerou, acrescentando que “aqueles que estão aqui pela primeira vez, vão conhecer uma das mais antigas cidades da Europa e do mundo”.
A edição de 2018, a terceira em Lisboa, decorre no Altice Arena e na Feira Internacional de Lisboa (FIL) até quinta-feira, com 70 mil participantes.
A cimeira tecnológica, de inovação e de empreendedorismo Web Summit nasceu em 2010 na Irlanda e mudou-se em 2016 para Portugal e desde essa altura terá gerado um impacto económico de mais de 500 milhões euros.
No ano passado, reuniu na capital portuguesa cerca de 60 mil pessoas de 170 países, das quais 1.200 oradores, duas mil 'startups', 1.400 investidores e 2.500 jornalistas.
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