Esse bónus prometido pelo Departamento de Estado norte-americano é também válido para qualquer informação que permita “deter ou condenar” os responsáveis do “atentado terrorista de 26 de agosto de 2021 no aeroporto de Cabul”.
Esse atentado, reivindicado pelo EI-K, fez, segundo Washington, pelo menos 185 mortos, entre os quais 13 soldados norte-americanos quando os Estados Unidos estavam a retirar do Afeganistão e a organizar, ao mesmo tempo e no meio de um caos, uma enorme operação de retirada do país de cidadãos estrangeiros e afegãos considerados ameaçados pela tomada do poder pelos talibãs, a 15 de agosto.
Segundo a diplomacia norte-americana, Sanaullah Ghafari, também conhecido como Shahab al-Muhajir, foi nomeado líder do EI-K em junho de 2020 pelo grupo Estado Islâmico. O EI-K é a versão afegã do EI, que nasceu no Iraque e na Síria.
“Ghafari é responsável pela aprovação de todas as operações do EI-K no Afeganistão e de arranjar financiamento para realizar essas operações”, indicou o Departamento de Estado num comunicado, e está desde novembro incluído na lista negra norte-americana de “terroristas” estrangeiros.
São conhecidas muito poucas informações sobre o líder do EI-K: o nome Shahab al-Muhajir sugere que será originário da península arábica, mas não se sabe se será um ex-membro da Al-Qaida, se da rede Haqqani, uma fação ultraconservadora e historicamente próxima da Al-Qaida. Circulam várias teorias sobre ele, mas não foi ainda confirmada a veracidade de qualquer delas.
O EI-K era, até 2020, uma organização em declínio, cuja liderança tinha sido dizimada por uma série de ataques norte-americanos.
Mas a chegada do novo líder, em 2020, levou, segundo especialistas, a uma mudança que a tornou mais ameaçadora.
Desde a retirada dos norte-americanos do Afeganistão, no final de agosto de 2021, o EI-K, rival e principal adversário do movimento islâmico radical no poder, tanto tem atacado os talibãs como a minoria xiita afegã.
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