“Reunião produtiva com Volodymyr Zelensky. Debatemos os progressos realizados pela Ucrânia na via da adesão à UE, bem como o nosso apoio contínuo face à agressão da Rússia”, escreveu a líder do executivo comunitário numa publicação na rede social X (anteriormente designada Twitter).
Dando conta deste encontro presencial bilateral, que ocorreu em Atenas à margem de um jantar informal promovido pela Grécia com os líderes dos Balcãs Ocidentais e que contou com a presença do Presidente ucraniano, Ursula von der Leyen garantiu ainda que a UE continuará a “trabalhar em conjunto para trazer os cereais da Ucrânia para os mercados mundiais e para prestar assistência económica”.
Hoje mesmo, a Comissão Europeia pagou mais 1,5 mil milhões de euros à Ucrânia ao abrigo do pacote de assistência macrofinanceira, no valor máximo de 18 mil milhões de euros, para ajudar o país a cobrir as suas necessidades imediatas de financiamento, com um apoio financeiro estável.
De acordo com a informação divulgada pela instituição, com o pagamento de hoje, a Ucrânia recebeu até à data 12 mil milhões de euros este ano ao abrigo deste pacote de assistência macrofinanceira.
Estas verbas são destinadas a pagar salários e pensões e a manter em funcionamento serviços públicos essenciais, como hospitais, escolas e alojamento para as pessoas deslocadas, permitindo igualmente à Ucrânia assegurar a estabilidade macroeconómica e restaurar as infraestruturas críticas destruídas pela Rússia durante a guerra, tais como as infraestruturas energéticas, os sistemas de abastecimento de água, as redes de transportes, as estradas e as pontes.
“Estamos a apoiar a Ucrânia nos seus esforços para reparar, recuperar e manter o Estado a funcionar”, escreveu Ursula von der Leyen na rede social X, prometendo que, além do montante hoje mobilizado, “mais virão, este ano e nos seguintes”.
O pagamento de hoje é efetuado depois de a Comissão ter constatado, no final de julho, que a Ucrânia está a realizar progressos satisfatórios na aplicação das condições políticas acordadas e a cumprir os requisitos em matéria de apresentação de relatórios, que visam garantir uma utilização transparente e eficaz dos fundos.
Em concreto, de acordo com Bruxelas, “a Ucrânia registou progressos importantes no sentido de aumentar a estabilidade financeira, reforçar o Estado de direito, melhorar o seu sistema de gás, incentivar a eficiência energética e promover um melhor clima empresarial”.
Em junho de 2022, os Estados-membros da UE adotaram uma decisão histórica de conceder o estatuto de candidatos à Ucrânia e à Moldova, que se juntaram a um grupo alargado de países, alguns dos quais há muito na ‘fila de espera’ para entrar no bloco europeu, sem quaisquer progressos nos últimos anos.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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