“Sem dúvida [que corro por um concelho melhor]. Ponta Delgada merece ser um concelho de referência a nível regional e nacional. Não nos basta ser o maior concelho, nem ter a maior cidade do arquipélago”, afirmou à agência Lusa.
Para o candidato, sem filiação partidária, o município merece “ser uma referência urbanística, empresarial, cultural e turística” e “um referencial de qualidade de vida, desenvolvimento e empregabilidade”.
“Temos um largo caminho pela frente, mas acredito que com um projeto a 12 anos conseguiremos cumprir todos os nossos objetivos e, podem ter a certeza, correrei diariamente com o objetivo claro de alcançar a meta do desenvolvimento sustentável do concelho”, disse o cabeça de lista, de 46 anos, natural do Corvo, a ilha mais pequena dos Açores.
Sobre a razão por que aceitou este desafio, Vítor Fraga apontou “a grande paixão” por Ponta Delgada, concelho onde cresceu, referindo que a sua candidatura “tem como principal objetivo devolver a capacidade de concretização, o dinamismo e a ambição que devem estar presentes na gestão do maior concelho dos Açores.”
“Ao longo dos últimos anos tenho constatado que o município de Ponta Delgada não tem tido a capacidade de acompanhar o nível de desenvolvimento da região. […] Após um período de auscultação, decidi que era o momento de ajudar a fazer por Ponta Delgada o que ajudei a fazer pelo nosso arquipélago”, declarou.
Licenciado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, Vítor Fraga começou a vida profissional no setor privado, no qual se manteve até abril de 2012. Nesta data assumiu funções de administrador da transportadora aérea açoriana SATA, onde ficou seis meses, até ser chamado para o Governo Regional.
Em novembro de 2012, tomou posse como secretário regional do Turismo e Transportes e liderou o processo do novo modelo de acessibilidades aéreas à região, o que permitiu a entrada de companhias aéreas de baixo custo no arquipélago.
O corolário deste trabalho chegou em 2016, quando os Açores bateram recordes na área do turismo.
Nos transportes marítimos, destaque para o trabalho no transporte de viaturas e carga rodada nas ilhas do “Triângulo” – Pico, Faial e São Jorge.
Nesta área, a governação de Vítor Fraga – que tutelava as empresas públicas de infraestruturas portuárias e dos transportes marítimos - ficou marcada pela morte de um passageiro ao ser atingido por um cabeço de amarração quando o navio onde seguia fazia manobras de atracagem, em São Roque do Pico.
Diz quem com ele trabalha que o atual secretário dos Transportes e Obras Públicas “trabalha muito, é supermotivado”, que “em cada problema vê uma oportunidade” e que “corre para ganhar”.
Independente, Vítor Fraga foi líder da JSD/Açores de 1997 a 1999 e vice-presidente nacional da JSD de 1998 a 2000. Desde então e até 2012, quando se desvinculou da filiação, não teve atividade partidária.
Em novembro desse ano, passou a integrar o Governo Regional dos Açores, do PS.
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