Em declarações à agência Lusa, a diretora executiva do ACES de Sintra, Clara Pais, disse que, neste momento, no Centro de Saúde de Agualva, que é onde há um maior número de autoagendamentos, “já está uma equipa a vacinar” e as pessoas que lá estiveram nessa situação “vão ser todas vacinadas”.
“Contrariamente ao que estava previsto, houve agendamentos centrais feitos no Portal de Autoagendamento, portanto não estavam previstas essas vacinações”, explicou a responsável do ACES de Sintra.
Além da fila de pessoas à espera em Agualva, há mais dois centros de saúde de Sintra “exatamente nas mesmas circunstâncias”, mas com menos número de autoagendamentos, em que a decisão foi de identificar os utentes para proceder ao reagendamento da vacinação pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, uma vez que são quem tem a responsabilidade pelos agendamentos iniciais.
“Os autoagendamentos são feitos pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e fomos confrontados hoje de manhã com a existência desses autoagendamentos”, indicou Clara Pais, acrescentando que os utentes desses outros dois centros de saúde de Sintra estão a ser reagendados através de ‘sms’.
Os centros de saúde de Sintra estavam hoje fechados, porque “não havia agendamentos prévios”, frisou a diretora executiva deste ACES.
Questionado sobre o que motivou esta falta de comunicação, Clara Pais disse desconhecer a origem do problema.
“Estes agendamentos são feitos centralmente, portanto digamos que não sei sequer responder a essa questão, porque estes agendamentos não são feitos por nós no Agrupamento de Centros de Saúde, nem pela Câmara, a Câmara nunca faz agendamentos”, apontou a responsável do ACES de Sintra.
Em reação às filas de pessoas à espera para serem vacinadas, o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, considerou que a situação vivida esta manhã nos centros de vacinação do concelho “é inaceitável”.
“A Câmara de Sintra investe centenas de milhares de euros nestes centros, disponibiliza todos os meios necessários e depois falha a articulação entre as autoridades de saúde nacional e local e as pessoas são prejudicadas”, avançou o autarca, classificando como “incompreensível”.
Neste âmbito, Basílio Horta já falou com os responsáveis do Governo, exigindo “uma solução rápida e eficaz para resolver este problema e assegurar que situações idênticas não se repitam no futuro”.
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