“A data desta abertura foi determinada, exclusivamente, pelo gabinete de António Costa, depois de estarmos cerca de um mês à espera dessa indicação. Apesar disso, por razões que não nos foram transmitidas, não se materializou a presença do primeiro-ministro”, explicou Manuel Assunção no discurso no ato inaugural daquela estrutura, cujo capital é partilhado pela Universidade, pelas autarquias e por empresas.
Mais à frente, o reitor desvalorizou a ausência, considerando a importância da estrutura inaugurada para possibilitar a transferência do conhecimento académico para o tecido produtivo, dando lugar a processos e produtos inovadores.
“Mais do que fazermos parte de roteiros de inovação, interessa-nos, outrossim, criar condições concretas para que a inovação aconteça, para que haja mais e melhores empresas, geradoras de novas marcas e de novos produtos, mais qualificadas, mais internacionais, mais exportadoras. É isso que esta infraestrutura vai fazer!”, declarou.
Manuel Assunção destacou que “os fatores críticos do desenvolvimento são a qualificação dos recursos humanos e a inovação, a qual se faz de maior incorporação de conhecimento no tecido produtivo e social e é tanto mais rápida quanto mais acelerada for a transferência do sistema científico e tecnológico para esse tecido”.
O novo Parque de Ciência e Inovação (PCI) “Creative Science Park” desenvolve-se em 35 hectares, entre os municípios de Ílhavo e Aveiro e representou um investimento de cerca de 20 milhões de euros, financiado pelos fundos europeus.
A primeira fase hoje inaugurada compreende um edifício central e dois laboratórios de uso partilhado, que entram de imediato em funcionamento.
“O Creative Science Park, em contiguidade com os Campus da UA e o Hospital Infante D. Pedro, ele próprio a ser intervencionado a curto prazo, nasceu para acelerar esse processo de transferência, para ajudar a empreender e a produzir com maior valor acrescentado, para propiciar a criação de mais riqueza. Será uma peça chave num ‘Campus de Inovação’ que prestigia a região e o país”, concluiu o reitor na sua intervenção.
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