O lançamento do novo foguetão lunar SLS da NASA foi hoje novamente cancelado por haver uma fuga de combustível. É a segunda vez em menos de uma semana, já que na passada segunda-feira se verificou um cancelamento devido a problemas técnicos.
O voo de teste do novo foguetão, sem tripulação, tinha uma "janela de oportunidade" que se abria às 19:17 de Lisboa, este sábado.
"A missão Artemis I à Lua foi adiada. As equipas tentaram resolver um problema relacionado com uma fuga no ‘hardware’ que transferia combustível para o foguetão, mas não tiveram êxito", escreveu a agência espacial norte-americana no Twitter.
Agora, sabe-se apenas que o lançamento poderá ser remarcado, mas as equipas da NASA terão de analisar todos os dados antes de decidirem uma nova data.
Contudo, falava-se em que pudesse ser remarcada para segunda ou terça-feira, mas ainda não há confirmação oficial. Caso não seja possível, vai ser necessário esperar até 19 de setembro, no mínimo, por causa das posições da Terra e da Lua.
O lançamento, quando se concretizar, marca o início do programa lunar Artemis, com que os Estados Unidos pretendem regressar à superfície da Lua em 2025, um ano depois do previsto, colocando no solo a primeira mulher astronauta e o primeiro astronauta negro.
Como é este foguetão?
O SLS, de 98 metros de altura, é o foguetão mais potente da NASA desde o Saturno V, que levou astronautas à Lua, entre 1969 e 1972, no âmbito do programa Apollo. Apenas astronautas norte-americanos, 12 ao todo, estiveram na Lua.
Tal como o Saturno V, o SLS não é reutilizável, pelo que terão de ser construídas novas unidades para novas missões.
O novo foguetão, que tem o dobro da altura do Elevador de Santa Justa, em Lisboa, transportará, na primeira missão, dez microssatélites científicos (do tamanho de uma caixa de sapatos) que, depois de largados no espaço, permitirão estudar os efeitos da radiação, um asteroide ou a superfície gelada da Lua.
Parcialmente reutilizável, a nave Orion permanecerá no espaço mais tempo que qualquer outra nave para astronautas, sem acoplar a uma estação espacial, e regressará à Terra mais rápido e mais quente. O seu escudo térmico é o maior alguma vez construído.
A nave irá voar em redor da Lua, depois de se separar do foguetão SLS, numa órbita distante durante algumas semanas antes de regressar à Terra e amarar no oceano Pacífico.
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