A advogada Alina Habba apresentou provas ao juiz de Nova Iorque para mostrar que Trump tinha garantido a fiança, suficiente para pagar o valor da sentença, de 83 milhões de dólares (cerca de 75 milhões de euros).
Habba apresentou ainda um documento que revela que Trump – o provável candidato presidencial republicano nas eleições de novembro — recorreu da sentença, o que justifica o atraso no pagamento da fiança.
O pedido foi apresentado um dia depois de o juiz Lewis A. Kaplan se ter recusado a adiar o prazo, que terminou na segunda-feira, para o pagamento de uma fiança para garantir que Carroll possa receber o valor a que tem judicialmente direito.
Trump tem enfrentado uma crescente pressão financeira para reservar dinheiro para cobrir os custos tanto do julgamento no caso de Carroll como num julgamento de um processo em que foi considerado responsável por mentir sobre o seu património em declarações financeiras fornecidas aos bancos.
Um juiz de Nova Iorque recusou-se recentemente a suspender a cobrança de uma multa por fraude civil de 454 milhões de dólares (cerca de 410 milhões de euros) enquanto Trump recorre da sentença, tendo agora até dia 25 de março para pagar aquele valor.
No caso de Carroll, um júri civil em Nova Iorque concluiu em maio passado que Trump abusou sexualmente da escritora, em 1996, no camarim de uma loja de roupa de luxo em Manhattan.
Trump negou veementemente as acusações, dizendo que não conhecia Carroll na altura e que o encontro na loja nunca aconteceu.
O júri decidiu conceder a Carroll uma indemnização de cinco milhões de dólares (cerca de 4,5 milhões de euros) para compensá-la tanto pela alegada agressão sexual como pelos danos à sua reputação, quando Trump disse publicamente que ela tinha inventado o ataque para ajudar a vender um livro de memórias.
Um segundo julgamento foi realizado em janeiro para decidir se Trump deveria pagar ainda mais uma indemnização, pelos comentários depreciativos que fez sobre a escritora em 2019, enquanto estava na Casa Branca.
Trump não compareceu na sala de julgamento em maio, tendo testemunhado brevemente, mas o suficiente para o juiz ameaçar expulsá-lo do tribunal, por murmurar comentários depreciativos sobre o processo.
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