Na rede Truth Social, o republicano reafirmou o plano anunciado na terça-feira, que consiste em retirar dois milhões de palestinianos de Gaza.

"A Faixa de Gaza seria entregue aos Estados Unidos por Israel no final dos combates", disse Trump numa mensagem nas primeiras horas da manhã.

"Não seriam necessários soldados por parte dos Estados Unidos! A estabilidade reinará na região!!!", acrescentou.

Trump deixou o mundo atónito ao anunciar, numa conferência de imprensa com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que "os Estados Unidos vão controlar a Faixa de Gaza".

O governante acrescentou que Washington assumiria o território e retiraria as bombas não detonadas e os escombros para reconstruir o território, devastado por 15 meses de guerra.

Mas não deu muitos detalhes, e o seu governo pareceu recuar na quarta-feira diante de uma avalanche de críticas dos palestinianos, de governos árabes e de líderes mundiais.

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, esclareceu que a ideia "não pretendia ser hostil". A Casa Branca garantiu que Washington não se comprometeu a enviar soldados e disse que o deslocamento dos palestinianos seria "temporário".

Trump, no entanto, deixou claro esta quinta-feira que continuará com a proposta original, incluindo o deslocamento em massa dos palestinianos.

Quando Israel entregar o território aos Estados Unidos, os palestinianos "já terão sido deslocados em comunidades muito mais seguras e bonitas, com casas novas e modernas, na região", afirmou.

"Eles realmente teriam a oportunidade de ser felizes, seguros e livres", acrescentou Trump.

Então, os Estados Unidos, com "grandes equipas de desenvolvimento de todo o mundo", começariam "a reconstrução", explicou.

Na terça-feira, Trump foi contraditório sobre quem habitaria o território depois da guerra.

"Pessoas do mundo", mas "também os palestinianos poderiam viver lá", declarou na oportunidade.

Segundo o New York Times, Trump surpreendeu tanto a sua equipa como os israelitas com a proposta para Gaza "escrita às pressas", sem a debater com o Pentágono ou com o Departamento de Estado.

O ministro israelita da Defesa, Israel Katz, ordenou esta quinta-feira que o exército prepare um plano para saídas "voluntárias" de Gaza.