Em declarações à Lusa, Francisco Figueiredo, da direção nacional da Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht) disse que da reunião “não resultou nada”, recordando que a CP “tinha dito que hoje trazia informação e não trouxe nada”.

Além disso, indicou, o secretário de Estado das Infraestruturas tinha assegurado aos representantes dos trabalhadores que iria avançar com a denúncia do contrato e um concurso público subsequente, mas “isso não foi concretizado”.

“No que toca à Apeadeiro 2020, a empresa sabe que está falida”, referiu, indicando que esta veio à reunião dizer que “vai pedir um encontro com a CP para lhe dar novo contrato de concessão de conseguir junto dos credores a viabilização da empresa”.

Ou seja, indicou a Fesaht ainda num comunicado, a empresa pretenderá dar “entrada no Tribunal com um requerimento de PER [Processo Especial de Revitalização]”.

“Não há nenhum credor que viabilize uma empresa de concessão”, com o contrato a acabar em breve, referiu, por sua vez, Francisco Figueiredo.

“O que nós defendemos é que a CP denuncie o contrato, tome conta da gestão do serviço de refeição dos bares, tome conta dos trabalhadores”, referiu Francisco Figueiredo.

“Quando uma empresa termina um contrato, há uma reversão de exploração do estabelecimento e a CP é obrigada a tomar conta do serviço”, assegurou, garantindo ainda que é no melhor interesse da operadora fazer um concurso com mais calma e mais longo prazo.

No seu comunicado, a Fesaht indicou que “os trabalhadores, reunidos em plenário de seguida em Campanhã, decidiram manter a greve e vigília e ir a Estarreja” confrontar o sócio-gerente da Apeadeiro 2020, esta sexta-feira.

Os trabalhadores dos bares da CP estão em greve desde o dia 1 de março.