Vítor Teixeira, do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes da Área Metropolitana do Porto (STTAMP), afirmou hoje à Lusa que a paralisação abrange “entre 30 a 40″ técnicos comerciais, que trabalham “em balcões de atendimento a clientes e de venda de bilhetes da TAP”.
Uma das razões invocadas para a paralisação é a “completa deterioração” das relações laborais entre trabalhadores e a chefia da Escala TAP, no Porto.
Vítor Teixeira afirmou ser necessário que haja “uma abertura de diálogo” por parte da administração da transportadora aérea nacional.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da TAP recusou fazer quaisquer comentários a esta greve.
O sindicato sublinha existir por parte das chefias uma “clara tendência para a prepotência e autoritarismo”, referindo ainda a “não contabilização de trabalho extraordinário em prolongamento/antecipação [do horário de trabalho] e falta de intervalo de refeição”.
“A desconfiança e colocação em dúvida quanto à boa-fé dos trabalhadores em relação a esquecimentos de picagem, passando pela ineficiente organização dos tempos de trabalho e pela desconsideração pelas opiniões válidas dos trabalhadores” são outros pontos referidos pelo STTAMP.
A greve implica uma paralisação diária entre as 12:00 e as 14:00 e a não realização de trabalho extraordinário.
“Esta linha de atuação de ostensiva falta de capacidade de gestão das relações humanas, a par dos constantes tiques absolutistas que pairam na gestão operacional, cava cada vez mais fundo o fosso da dialética trabalhador/entidade patronal, atirando para os mínimos os níveis de motivação dos trabalhadores”, refere a entidade sindical.
O sindicato diz ainda verificar-se a ausência de resposta aos sucessivos pedidos de adesão ao Acordo de Empresa por parte desta organização sindical, “em claro detrimento e desprestígio pelas relações laborais e institucionais no que concerne aos trabalhadores representados pelo STTAMP”.
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