"Desde a primeira hora que o município se mostrou disponível para acolher esse investimento e tem vindo a estabelecer contactos com o Governo junto dos gabinetes do primeiro-ministro e ministros da Economia e do Ambiente" nesse sentido, afirmou Carlos Bernardes à agência Lusa.
Segundo o autarca, os princípios de sustentabilidade que o município tem vindo a defender, e que permitiram em 2015 ganhar o galardão europeu "Green Leaf", diferenciam a candidatura de Torres Vedras da de outras câmaras municipais.
No âmbito dessa política, Carlos Bernardes deu como exemplos a adesão, "desde a primeira hora", à Rede Nacional de Mobilidade Elétrica "Mobi-e", que permitiu instalar pontos de carregamento de veículos elétricos no concelho e a abertura, já este ano, de uma incubadora de negócios na área da economia verde.
Aos argumentos, o autarca juntou ainda "as infraestruturas que o território dispõe ao nível das acessibilidades, energia, gás natural" e a existência de cursos ligados às energias renováveis em escolas do concelho.
Para a fábrica, a câmara tem em vista terrenos a norte da cidade de Torres Vedras junto à autoestrada A8 (Lisboa/Leiria).
Carlos Bernardes adiantou que o município está também a trabalhar com empresas locais ligadas sobretudo à logística e a componentes tecnológicas, cujos serviços poderão vir a ser uma mais-valia para a marca americana.
O fabricante automóvel vai decidir em 2017 a localização da fábrica que quer construir na Europa e tem vindo a estabelecer contactos nesse sentido com o Governo português, tendo também em vista França, Holanda, alguns países de leste e Espanha.
O investimento ronda os cinco mil milhões de dólares e, até 2020, prevê criar 10 mil postos de trabalho.
Portugal é um importante exportador de lítio, possuindo algumas das mais relevantes explorações mineiras desse material indispensável à construção das baterias para os carros elétricos.
Comentários