Em 2016, a taxa de ocupação média anual situou-se nos 64,4%, tendo o volume de negócios subido 13,2%, o que indicia “uma recuperação dos preços praticados, muito esmagados desde a crise internacional de 2008″, refere a Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).
“Para 2017, as previsões apontam para um crescimento de 3,1% nas taxas de ocupação e de 6,1% no volume de negócios, uma consequência direta de um aumento médio dos preços em 3% por cento”, antecipa aquela associação.
Estes dados fazem prever que as empresas hoteleiras do Algarve atinjam este ano, “pela primeira vez desde o virar do século, taxas de ocupação por ano próximas dos 65%”, lê-se no comunicado.
O mercado britânico continua a ser o maior fornecedor de turistas, com um aumento de 14,7%, assim como os restantes mercados externos, já que o número de turistas nacionais e espanhóis registou descidas de 9,5% e 10,4%, respetivamente, acrescenta a AHETA.
Em 2016, o Algarve recebeu, nos meios de alojamento classificados oficialmente 3,9 milhões de turistas, dos quais cerca de 1 milhão foram nacionais, a que corresponderam mais de 19,5 milhões de dormidas.
No entanto, em todos os meios de alojamento, classificados e não classificados oficialmente, segundas residências, casas de familiares e amigos, a AHETA estima que o Algarve tenha recebido 6,8 milhões de turistas, num total de 34 milhões de dormidas.
Os melhores desempenhos couberam aos hotéis de quatro estrelas e aos aldeamentos e apartamentos turísticos de cinco e quatro estrelas, enquanto os hotéis de cinco estrelas mantiveram as taxas de ocupação.
O rendimento por quarto disponível (RevPar) melhorou 17,7% para 46,2 euros por dia, durante o ano de 2016, tendo as receitas diretas resultantes da faturação com o alojamento ascendido a cerca de 670 milhões de euros em toda a região, acrescenta a AHETA.
Segundo aquela associação, os bons resultados obtidos resultam, essencialmente, “do clima de instabilidade que vem afetando muitos dos concorrentes mais diretos do Algarve, designadamente a Turquia” e também da descida do IVA, referem os hoteleiros.
“Entre os aspetos mais negativos que caracterizaram o ano turístico de 2016, são de referir o aumento das taxas aeroportuárias, a subida do petróleo e ‘jet fuel’ (combustível usado pela aviação) em cerca de 70%, o aluguer ilegal de alojamentos turísticos dentro e fora dos empreendimentos classificados oficialmente e as incapacidades das autoridades competentes para lidar com esta realidade”, sublinham.
A AHETA considera ainda que as indefinições relativamente às obras de requalificação da EN 125, o anúncio do lançamento de taxas turísticas concelhias, a cessação dos contratos de prospeção e exploração de hidrocarbonetos e a falta de mão-de-obra para fazer face às necessidades empresariais durante a época turística foram outros aspetos que marcaram o ano turístico de 2016.
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