A TAP refere que a primeira ação foi assegurar o parqueamento das aeronaves em aeroportos do Continente, onde tem manutenção própria, sublinhando que a estratégia para os voos humanitários tem sido distribuí-los pelo maior número possível de aviões da frota A330 neo, “garantindo assim que se mantêm operacionais sem a necessidade de cumprir tarefas de preservação e de ‘despreservação’”.
“Para as restantes aeronaves cumprimos as tarefas de preservação de parqueamento de curto ou longo prazo, em função dos planos de retoma da atividade e em estreita relação com as recomendações dos fabricantes. Temos alguns aviões em manutenção e mantemos outros em condições operacionais para, em qualquer momento, poderem operar”, explica a transportadora aérea nacional, em resposta à agência Lusa.
A TAP está ainda a aproveitar “a imobilização das aeronaves para cumprir trabalhos que vão sendo deferidos no tempo e que não afetam a segurança”, nomeadamente “pequenas reparações nas cabinas de passageiros e a sua limpeza profunda”.
“Todos os trabalhos de preservação estão registados e todas as ações de manutenção mandatória [obrigatória] vão sendo atribuídos a cada matrícula. Cada avião só é dado para operação após cumprir todos os trabalhos de ‘despreservação’ e outras ações de manutenção entretanto lançadas de modo a garantir a aeronavegabilidade, de forma a que a segurança e os requisitos legais estejam assegurados”, salienta a companhia de bandeira.
A frota da transportadora aérea nacional, excluindo os aviões operados pela Portugália e pela White, ao serviço da TAP, é constituída por 86 aeronaves: “dessas, 71 estão preservadas. Das restantes 15, têm estado em operação em voos humanitários 7 aeronaves e as outras 8 estão mantidas em condição operacional, mas sem voar ou estão em manutenção”, informa a empresa.
A Ryanair indica, por seu lado, que, devido às proibições e restrições impostas pela União Europeia ao setor da aviação civil, para conter a pandemia da covid:19, mais de 99% da sua frota está atualmente em terra.
“A Ryanair, além de realizar voos de manutenção, continua a efetuar todos os protocolos de manutenção das aeronaves, de acordo com os requisitos da Boeing e os regulamentos da EASA [regulador europeu da aviação civil]. Desta forma, garantimos que os aviões estão operacionais para realizar voos de repatriação ou de transporte de material, bem como totalmente operacionais no momento em que a companhia retome a sua programação normal de voos”, refere a companhia irlandesa de baixo custo, em resposta à Lusa.
Para garantir a operacionalidade da frota, a empresa com base em Dublin acrescenta que, tantos nos voos de repatriação, como nos voos essenciais para o transporte de material urgente, algumas das tripulações e aeronaves “devem permanecer disponíveis e operacionais, de acordo com os requisitos da Boeing e os regulamentos da EASA”, operando voos de manutenção para este fim.
Já a easyJet, que possui uma frota de 344 aviões, diz que, depois de concluir os voos de repatriamento necessários, e fruto das diretrizes e restrições impostas ao setor, devido ao novo coronavírus, tomou a decisão de suspender operação desde 23 de março.
“A companhia prossegue com o plano normal, delineado pelo fabricante - no caso da easyJet é a Airbus - e aprovado pelos reguladores”, respondeu à Lusa a companhia britânica de baixo custo.
A empresa garante que está a seguir as diretrizes das autoridades de segurança, salientando que, quando os voos forem retomados, vai operar seguindo as “melhores práticas”.
“Vamos investigar sobre quais as melhores medidas de saúde e segurança para proteger os nossos clientes e funcionários quando reiniciarmos os voos comerciais. Com base nas nossas conversações com a AESA e outras entidades responsáveis por estas matérias, é provável que passem a existir novas formas de operar e a easyJet fará a adaptação conforme”, afirma a easyJet.
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