Tal como outros partidos com assento parlamentar, uma delegação do BE esteve esta tarde reunida com o Governo no parlamento a propósito do plano de reestruturação da TAP, que será só entregue no último dia do prazo dado por Bruxelas, ou seja, na quinta-feira.
"A TAP precisa de ajuda, mas sendo uma empresa estratégica, que faz falta ao país, não pode morrer da cura. O plano em cima da mesa tem que ter essa garantia de que não é contra os trabalhadores, destruindo postos de trabalho que fazem falta ao país e à TAP, não é contra o país, transformando a TAP numa empresa pequenina, que nós garantimos o futuro da TAP", defendeu o líder parlamentar bloquista, Pedro Filipe Soares, em declarações aos jornalistas, no parlamento, em Lisboa.
De acordo com o bloquista, "o governo apresentará amanhã [quinta-feira], em Bruxelas, um plano, que é um ‘draft' para início de negociações com a Comissão Europeia".
"Esperamos que desde o dia de amanhã até ao final de janeiro que haja uma revisão positiva das metas quer de cortes na empresa quer de redução do número de trabalhadores quer de redução da atividade da empresa", afirmou.
Questionado sobre se deixava a reunião mais preocupado ou mais tranquilo depois de conhecer o plano, Pedro Filipe Soares enfatizou que o Governo transmitiu ao BE "não ter uma posição fechada nas reuniões que hoje teve", esperando por isso que as preocupações que levou "sejam de facto ouvidas".
"Da informação que o Governo nos deu, compreendendo a pergunta, não queria entrar em pormenores, sendo que, por um lado, o Governo apresentou-nos números que não são do agrado de quem defende o emprego, mas por outro lado nos disse que esses números poderiam ser revistos num futuro próximo", acrescentou.
O líder parlamentar bloquista foi perentório: "nós não fomos a uma reunião para desistir de lutar por um futuro para a TAP".
"Nós fomos lá dizer que queremos um futuro para a TAP que não signifique que desta cura ela venha a morrer", sublinhou, considerando que o que o Governo fará desse contributo e de outros só ao executivo diz respeito.
Pedro Filipe Soares quis apenas transmitir aos jornalistas as preocupações que deixou nesta reunião e, apesar de compreender a curiosidade sobre as medidas para a TAP que estão em cima a mesa, deixou claro que não compete ao BE anunciá-las.
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