“Eu para ser mais confortável ia sozinho… Estou a brincar… Eu acho que é muito razoável nós apontarmos para cinco, incluindo eu”, afirmou António Tânger Corrêa, numa arruada em Leiria, questionado pelos jornalistas sobre a meta eleitoral do partido nas europeias de domingo.
Questionado sobre as metas mais ambiciosas de André Ventura, o candidato disse: “O presidente aponta para nove, eu aponto para cinco. Espero que ele ganhe.”
Comparando com as legislativas de março, Tânger Corrêa assinalou que é preciso ter em conta que “são eleições diferentes”.
“Isto aqui não há [vários] círculos eleitorais, há um círculo eleitoral. Eu não sei bem como lidar com isso em termos eleitorais, mas obviamente que um resultado abaixo das legislativas ficaria abaixo das minhas expectativas, sem dúvida nenhuma”, assumiu.
Nas últimas legislativas, o Chega conseguiu 1.169.781 votos (18,06%).
O cabeça de lista disse também estar concentrado na meta.
“Eu além de ser karateca, fui campeão de vela e há uma coisa que está sempre na minha cabeça, é a meta. O ‘dojo’ dá-me a calma e a meta é da vela. Eu vejo a meta”, afirmou.
As metas traçadas pelo líder do Chega vão variando. A mais alta foi vencer as eleições europeias, mas também já disse que espera que o partido tenha o “mesmo número de eurodeputados, se não mais, que PS e PSD”.
Sobre a campanha, que termina na sexta-feira, o cabeça de lista afirmou que “é evidente que vai ser um programa muito mais intenso, isso é obvio”, mas não vai correr porque “os joelhos não deixam”.
E considerou que depende da comunicação social se os eleitores ficam mais esclarecidos.
António Tânger Corrêa, que tem sido alvo de críticas por parte de outros candidatos, recusou estar na defensiva e indicou que não retribui os ataques porque “atacar alguém é uma prova de fraqueza”.
No entanto, o primeiro candidato a eurodeputado do Chega já criticou os adversários, acusando-os de impreparação.
Em Portugal, as eleições europeias, nas quais serão eleitos 21 dos 720 eurodeputados, realizam-se a 09 de junho e serão disputadas por 17 partidos e coligações: AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.
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