“Aquilo que eu vi ontem [segunda-feira] nas declarações do Presidente da República é que ele está convicto, que não se podendo arrastar, o resultado da investigação jurídica também está próxima para sair, o que é bom para o país e para a clarificação desta situação”, disse Rui Rio.
Na segunda-feira, o Presidente da República declarou ter "uma forte esperança" de que as conclusões da investigação criminal ao desaparecimento de material militar de Tancos sejam conhecidas dentro "de dias ou de semanas - e não de meses".
"Estamos, penso eu, na ponta final da investigação criminal. E essa investigação criminal irá apurar, certamente, factos e eventuais responsáveis. E eu hoje tenho uma forte esperança de que seja uma questão de dias ou de semanas e não de meses, portanto, que estejamos mesmo muito próximos do conhecimento das conclusões da investigação criminal", afirmou.
No domingo, lembrou o líder social-democrata, na intervenção que proferiu na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, foi “claro ao dizer que no plano político já não há mais nada a esperar”, mas que “agora falta o plano jurídico e o plano jurídico, que não se pode arrastar”.
Deve aparecer “uma acusação, no seguimento da investigação feita, que clarifique aquilo que aparentemente é, depois deverá haver um julgamento que deixará as coisas mais claras”, acrescentou o líder social-democrata, que falava aos jornalistas no final de um encontro com o Ordem dos Psicólogos, no Porto.
Questionado sobre se acha que há condições políticas para o ministro da Defesa se manter no cargo, Rui Rio disse que “esse é um caso que o primeiro-ministro tem de gerir”.
Na sua intervenção no encerramento da Universidade de Verão do PSD, Rui Rio utilizou a ironia para descrever o roubo de material de guerra e recorreu mesmo a um célebre ‘sketch’ humorístico do falecido ator Raul Solnado sobre a ida à guerra para descrever a situação: “Os gatunos chegaram à guerra e estava fechada, aproveitaram para levar o que levaram”, gracejou.
Horas depois, numa publicação na rede social Facebook, o ministro da Defesa reafirmou que não incumbe ao Governo a investigação do caso, que compete ao Ministério Público, e defendeu que “é mau quando, para se fazer a oposição a qualquer preço, se confundem estes factos básicos, que se resumem … ao princípio da separação de poderes”.
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