Fonte oficial do gabinete do chefe do executivo, António Costa, referiu que “o primeiro-ministro não comenta questões objeto de investigação criminal. Limita-se a desejar que as autoridades competentes com a maior brevidade possível esclareçam cabalmente o ocorrido, responsabilizando os autores do furto e seus eventuais cúmplices e encobridores, sejam quem forem”.
A informação surge no dia em que os jornais Público e Correio da Manhã escrevem que o tenente-general Martins Pereira, ex-chefe de gabinete do anterior ministro da Defesa, disse na quarta-feira no interrogatório judicial ter informado Azeredo Lopes sobre o memorando da Polícia Judiciária Militar (PJM), que descreve uma operação de recuperação do material militar furtado em Tancos.
O furto do armamento dos paióis de Tancos foi noticiado em 29 de junho de 2017, e, quatro meses depois, foi recuperada parte das armas.
Em setembro, a investigação do Ministério Público à recuperação do material furtado, designada Operação Húbris, levou à detenção para interrogatório de militares da PJM e da GNR.
Na mesma altura, foi noticiada uma operação de encenação e encobrimento na operação, alegadamente organizada por elementos da PJM, que dela terão dado conhecimento ao chefe de gabinete do ministro da Defesa.
A 12 de outubro, Azeredo Lopes demitiu-se e foi substituído por João Gomes Cravinho.
Na semana passada, o Chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, também se demitiu e o seu lugar foi ocupado pelo general José Nunes da Fonseca.
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