“Após uma grande operação do exército e do Shin Beth (serviço de informações interno), a polícia israelita e outras unidades especiais detiveram o terrorista que realizou o ataque com uma viatura esta manhã em Jerusalém”, indicou o exército num comunicado.
Além deste atropelamento intencional, o aumento da tensão em Jerusalém e na Cisjordânia ocupada resultou hoje também na morte de três palestinianos por tiros israelitas.
O ataque que feriu os 12 soldados israelitas não foi reivindicado, mas foi saudado pelo movimento radical palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza, como uma “resposta” ao plano para resolver o conflito israelo-palestiniano apresentado há uma semana pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
Saudado em Israel, o plano foi recusado pelos palestinianos por o considerarem parcial e desde a sua apresentação têm ocorrido manifestações diariamente nos territórios ocupados, nomeadamente em Hebron, cidade da Cisjordânia onde um palestiniano foi morto na quarta-feira por tiros das forças israelitas.
Hoje dois palestinianos foram mortos a tiro por soldados israelitas em confrontos em Jenin, na Cisjordânia ocupada, segundo o Ministério da Saúde palestiniano.
Além disso, um outro palestiniano foi morto na cidade velha de Jerusalém (na zona oriental) depois de ter disparado na direção de forças israelitas, segundo a polícia israelita.
O plano, para o qual os palestinianos não foram consultados, considera Jerusalém “a capital indivisível de Israel” e permite alargar a soberania do Estado hebreu ao vale do Jordão e a outros colonatos na Cisjordânia.
Os palestinianos reivindicam a zona oriental de Jerusalém para capital do futuro Estado a que aspiram.
Como os palestinianos, grande parte da comunidade internacional considera os colonatos na Cisjordânia e a anexação de Jerusalém Oriental — territórios ocupados por Israel na guerra de 1967 – como ilegais e um obstáculo à paz.
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