De acordo com a Defesa Civil, há 276 feridos e 111 pessoas desaparecidas. O mesmo órgão indicou que cerca de 121.957 pessoas estão desalojadas e há outras 19.368 pessoas alojadas em abrigos.
O anterior balanço apontava para 76 mortos.
As inundações afetaram 850.422 pessoas que vivem em 345 dos 496 municípios do estado que, segundo as autoridades locais, registaram algum tipo de problema causado pela chuva desde o início da semana passada.
O Rio Grande do Sul, com uma população de 11 milhões de pessoas, tem sido atingido repetidamente no último ano pelo fenómeno climático El Niño, que provoca fortes chuvas no sul do país.
O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, viajou no domingo ao Rio Grande do Sul, a sua segunda visita à região desde o início das cheias, e prometeu que não haverá entraves burocráticos ao envio de ajuda.
“Não haverá nenhum impedimento burocrático para recuperar a grandeza deste estado”, declarou Luiz Inácio Lula da Silva, depois de o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ter-se mostrado preocupado com as restrições financeiras do governo federal que limitam a capacidade de resposta da região.
Numa demonstração de unidade institucional diante da crise, Lula da Silva chegou ao Rio Grande do Sul acompanhado da maior parte do Governo, além dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, que prometeram celeridade na tramitação dos projetos de lei para enfrentar a crise.
O governo regional do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade, situação reconhecida pelo Governo central.
Em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, grandes áreas da região central ainda estão inundadas. O nível do rio Guaíba, que passa pela cidade, está quase 2,3 metros acima da cota de inundação.
O estado mais ao sul do Brasil tem sido bastante afetado pelas mudanças climáticas. Depois de sofrer problemas com uma forte seca em razão do fenómeno La Niña, no ano passado a região passou a ser afetada pelo El Niño e registou em menos de 12 meses quatro desastres climáticos causados por ciclones extratropicais e tempestades.
Em 2023, três eventos ocorreram em junho, setembro e novembro, causando 75 mortos nesse estado brasileiro.
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