A autarquia presidida por Carlos Filipe Camelo refere, em comunicado enviado à agência Lusa, que tem no terreno “várias equipas multidisciplinares” para fazerem o levantamento, “analisar e responder às necessidades das pessoas e freguesias afetadas pelos incêndios”.
“Estas equipas congregam vários técnicos e serviços municipais que, em articulação com os bombeiros, Instituto de Segurança Social, Juntas/Uniões de Freguesia e demais agentes da proteção civil, irão proceder não só ao levantamento dos prejuízos, como também delinear respostas e mecanismos que minimizem os impactos decorrentes deste flagelo, com especial incidência para aqueles que têm diretamente a ver com as pessoas e a sua condição de vida e bem-estar”, é referido.
A autarquia lembra que, “depois de encontrar solução imediata para os desalojados que viram as suas habitações permanentes dizimadas pelas chamas”, está a “trabalhar no sentido de proceder à reposição dos serviços essenciais, nomeadamente o abastecimento de água a algumas das localidades afetadas, procurando resolver os danos causados em captações e nascentes ou através da substituição de vários troços de tubagem da rede pública que arderam”.
“Um trabalho que vai continuar nos próximos dias e que contempla a reposição da segurança e circulação nas estradas municipais, remoção de escombros e edificações em risco de ruína que ponham em causa a segurança pública”, aponta.
O presidente da Câmara Municipal, Carlos Filipe Camelo, citado na nota, diz tratar-se “da maior tragédia de sempre no concelho”.
O autarca deixa “uma palavra de agradecimento aos bombeiros que estiveram no terreno, que se revelaram insuficientes para acudir a todo um concelho em chamas, assim como à GNR”.
Carlos Filipe Camelo refere que a Câmara Municipal de Seia “estará na primeira linha no apoio aos particulares e às empresas do concelho que foram atingidos pela tragédia, através dos recursos que o município tem à sua disposição”.
“É necessário agendar medidas urgentes de sustentação de solos, no pós incêndio, bem como estabelecer um plano a médio prazo de recuperação dos setores agrícola, florestal e turístico que vão sair enormemente debilitados desta catástrofe”, defende.
O autarca espera ter, “nos próximos 15 dias”, os relatórios finais dos prejuízos, “com grande precisão e rigor”, para submeter à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, entidade que articulará os respetivos programas de apoio.
Como a Câmara Municipal se encontra sem redes de telecomunicações, foi criado um número de emergência municipal (965239779), que estará disponível a partir de hoje.
O ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, visita hoje os concelhos de Seia, Gouveia e Guarda.
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