Em um mês, a área em seca em Portugal continental quase duplicou em relação a março, quando era de 48%.
De acordo com o último boletim climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), verificou-se no fim de abril um aumento significativo da área e da intensidade em seca meteorológica, destacando-se a região Nordeste na classe de seca moderada e na região sul os distritos de Setúbal, Évora, Beja e Faro nas classes de seca severa a extrema.
No fim do mês passado, 33,2% do território estava em seca moderada, 22% em seca fraca, 19,9% em seca severa, 14,1% em seca extrema e 10,8% normal.
Em abril do ano passado, todo o território de Portugal continental já estava em situação de seca, a maior parte em seca moderada (87,2%).
O instituto classifica em nove classes o índice meteorológico de seca, que varia entre “chuva extrema” e “seca extrema”.
De acordo com o IPMA, existem quatro tipos de seca: meteorológica, agrícola, hidrológica e socioeconómica.
Os dados do boletim indicam que no mês de abril o total de precipitação (18,2 milímetros) foi muito inferior ao valor médio (23%), sendo o 3.º abril mais seco desde 1931.
No que diz respeito à percentagem de água no solo, o instituto refere que houve uma diminuição muito significativa da percentagem em todo o território.
As regiões do Nordeste Transmontano, vale do Tejo, Baixo Alentejo e Algarve registaram valores de percentagem de água no solo inferiores a 10%.
O IPMA adianta também no boletim que o mês de abril classificou-se como muito quente em relação à temperatura do ar e extremamente seco em relação à precipitação.
O mês de abril foi o 4.º abril mais quente desde 1931 (o mais quente foi em 1945), tendo sido registadas três ondas de calor no território continental, que afetaram as regiões do interior Norte e Centro, vale do Tejo, Alentejo e Sotavento Algarvio.
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