Já para os melhores factos a Quercus destaca o movimento estudantil internacional pelo clima, a redução do preço dos transportes públicos, as medidas para reduzir o plástico descartável, o cancelamento da construção da barragem de Fridão, em Amarante, e as medidas da União Europeia contra produtos que desperdiçam energia e não são reparáveis.
A associação referia-se à legislação europeia para levar a que os eletrodomésticos sejam mais fáceis de reparar e consumam menos energia, um dos cinco factos ambientais positivos, contra seis considerados negativos.
Nos pontos negativos da Quercus menciona-se a grande redução do caudal do Tejo devido à “má gestão” da bacia e às descargas realizadas por Espanha, ou a “corrida desenfreada” à exploração de minério, especialmente de lítio, ou também os impactos negativos da apanha noturna de azeitona nos olivais superintensivos, estimando-se que estejam na origem da morte de quase cem mil aves protegidas.
Em 31 de outubro mais de 87% do território continental estava em situação de seca meteorológica e a Quercus destaca pela negativa também a questão da seca e alterações climáticas, porque “é importante não desvalorizar a gravidade da situação”.
É ainda negativa a lenta recuperação da mata nacional de Leiria, afetada pelos incêndios de há dois anos, que acabam por levar a mais uma avaliação negativa da Quercus, a que chama de “abate indiscriminado da vegetação”, decorrente da “lei das limpezas”, que impõe distâncias entre as copas das árvores, mesmo entre as folhosas e autóctones.
Em relação a 2020 a Quercus deixa também alguns votos, esperanças e sugestões, quer aconselhando prudência em relação ao novo aeroporto para Lisboa, quer considerando que se deve começar já o processo de desmantelamento da central nuclear de Almaraz, em Espanha.
Mais investimento nas Áreas Protegidas, na Rede Natura e nas espécies prioritárias, melhor gestão do território e do setor dos resíduos, e mais ação na remoção de amianto são alguns dos temas na lista da Quercus a pensar em 2020.
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