A nona edição da Escola de Quadros, organizada pela Juventude Popular (JP), estrutura que representa os jovens do CDS-PP, vai decorrer entre os dias 05 e 08 de outubro, em Aveiro, e será dedicada ao tema “Ideias com futuro para a Europa”, a menos de um ano das eleições europeias.
De acordo com o programa divulgado à Lusa, na abertura está prevista a divulgação de uma mensagem do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
No mesmo dia, o antigo presidente do CDS-PP Paulo Portas falará aos jovens sobre os “novos desafios da geopolítica”.
Na sexta-feira, o vice-presidente do CDS-PP Telmo Correia e a eurodeputada do PSD Lídia Pereira, que é também líder da juventude do Partido Popular Europeu, vão debater “a Europa do amanhã”. De tarde, o antigo ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social Luís Pedro Mota Soares vai falar sobre “mudanças no mundo do trabalho”, e o ex-líder do CDS-PP Manuel Monteiro vai abordar “a soberania numa Europa de nações”.
O orador do jantar de sexta-feira (06 de outubro) será o antigo presidente do PSD Rui Rio, com uma intervenção sobre o tema “o estado do regime 50 anos depois”.
O programa do dia seguinte arranca com um painel sobre os “caminhos no projeto europeu”, que contará com intervenções da antiga ministra socialista e atual presidente do Conselho de Administração da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, Ana Paula Vitorino, da deputada da Iniciativa Liberal Carla Castro e do antigo deputado do CDS João Almeida.
No mesmo dia, a ex-deputada Cecília Meireles vai colocar aos jovens da Escola de Quadros a questão “uma Europa competitiva?”, enquanto o líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, e o vice-presidente do CDS-PP e antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio vão debater sobre a “alternativa económica ao socialismo”.
No domingo, último dia desta iniciativa de formação, marcarão presença a embaixadora da Ucrânia em Portugal, Maryna Mykhailenko, e o embaixador de Portugal na República Checa, Luís Almeida Sampaio, num painel com o tema “uma nova cortina de ferro?”.
O encerramento ficará a cargo do líder da JP, Francisco Camacho, e do presidente do CDS-PP, Nuno Melo.
Os jovens terão ainda ‘workshops’ sobre “ambiente, sustentabilidade e políticas para os oceanos”, comunicação e a elaboração de um programa eleitoral, estando prevista também a apresentação de propostas para as eleições europeias.
Em declarações à Lusa, o presidente da JP indicou que estão inscritos 90 jovens – 64% homens e 36% mulheres – com uma média de idades de 22 anos. Está prevista também a participação de quatro jovens dirigentes da JURA, a juventude da UNITA, a oposição angolana.
Francisco Camacho destacou a “abertura à sociedade civil” desta iniciativa e a “inclusão democrática” de dirigentes e antigos dirigentes de outros partidos, mas sublinhou também a participação de “grandes ativos do CDS que já muito deram e podem dar ao partido”.
“A Escola de Quadros não pretende ser uma forma de doutrinar ou de doutrinação direta dos nossos militantes ou daqueles - porque este é um evento aberto a todos - que queiram participar, mas antes uma formação real, com presença, com contraditório, com debate, e onde creio que poderá surgir uma semente importante do que é o futuro do CDS, já num cenário próximo”, defendeu o centrista.
Francisco Camacho defendeu que "neste caminho necessário que o partido tem de recuperação, de reavivar das suas gentes, a JP terá um papel determinante, e a Escola de Quadros é mais um momento de formação" com o intuito de preparar os jovens para poderem "ajudar o CDS e representar bem grande parte das preocupações das novas gerações".
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