“Não merece comentário nenhum. A carta que vi diz apenas que tem lugar [no Conselho Nacional] por inerência, portanto não precisa propriamente do lugar para o qual foi eleito, mantém-se por inerência”, afirmou Rui Rio aos jornalistas, à margem de uma reunião com a direção do Conselho Regional do Porto da Ordem dos Advogados.
Para o líder dos sociais-democratas, Pedro Santana Lopes “é livre de fazer o que quiser” e, “tal como disse na carta, e bem, pode ir ao Conselho Nacional na mesma”.
Questionado se os dois estão condenados ao desentendimento, sorrindo, Rio apenas disse: “não sei, tem que perguntar a ele”.
“Os jornalistas e os comentadores escrevem o que quiserem, para mim é um não assunto, não tenho nada a comentar”, concluiu.
O semanário Expresso noticiou no sábado que Pedro Santana Lopes, que saiu derrotado das eleições para a liderança do PSD, enviou uma carta ao presidente do partido e ao presidente do Conselho Nacional comunicando a renúncia ao lugar de conselheiro nacional para o qual foi eleito em fevereiro.
Na carta, acrescentou o Expresso, Santana invocou “razões pessoais e profissionais”, contudo, o ex-primeiro-ministro mantém inerência por ter sido presidente do PSD.
Rio e Santana Lopes defrontaram-se nas eleições diretas do PSD, tendo Rio ganhado as mesmas por 54,3% dos votos.
Pouco tempo depois das diretas, no congresso dos sociais-democratas, os dois fizeram um acordo que passou por, entre outros aspetos, Santana indicar nomes para os órgãos nacionais.
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