A escolha do local – chegou a ser ponderada a apresentação em Lisboa, segundo Rui Rio – é simbólica e acontece depois de autarcas e dirigentes do distrito, como o líder do PSD/Porto, Alberto Machado, ou o presidente cessante da concelhia de Gaia, Cancela Moura, terem declarado o seu apoio ao outro candidato já anunciado, o eurodeputado Paulo Rangel.
Rui Rio foi eleito pela primeira vez presidente do PSD em 13 de janeiro de 2018 com 54% dos votos contra Santana Lopes e reeleito em 2020 com 53% numa inédita segunda volta contra Luís Montenegro.
Nas últimas diretas, no Porto (maior distrital do PSD), Rui Rio – que aqui foi presidente da Câmara durante 12 anos – conseguiu 64% dos votos contra Luís Montenegro na segunda volta.
Na apresentação, estão confirmadas as presenças do líder parlamentar, Adão Silva, do secretário-geral, José Silvano, dos vice-presidentes Isaura Morais e André Coelho Lima, dos ‘vices’ da bancada Catarina Rocha Ferreira e Afonso Oliveira e dos deputados Maló de Abreu, Paulo Rios, Márcia Passos, Emília Cerqueira, Carlos Reis, Hugo Carvalho ou Carla Madureira.
O anúncio da recandidatura do atual presidente foi feito na terça-feira, através de um comunicado do seu vice-presidente e agora diretor de campanha Salvador Malheiro.
Um dia depois, no final de uma audiência com o Comité Olímpico de Portugal, na sede nacional em Lisboa, Rui Rio justificou a sua recandidatura pela “obrigação” de colocar o interesse do país e do partido à frente da sua vida pessoal.
Na ponderação de fatores, o presidente do PSD disse ter chegado à conclusão que “não era facilmente entendível pelos portugueses e pelos militantes” que dissesse “chega” neste momento.
“A maioria não entenderia e, de certa forma, exige-me, com alguma razão que esteja disponível para esse lugar”, afirmou.
Questionado sobre uma alegada vantagem de Paulo Rangel, em termos de estruturas, Rio desvalorizou, dizendo que lhe era “completamente indiferente” essa contabilização.
“Quem vai decidir é o militante. Cada militante lá pensará e dirá gosto mais do A, gosto mais do B, gosto mais do C. Haverá alguns que não sabem e dirão ‘diz-me lá em quem votas e eu voto também’, mas a maioria são homens e mulheres livres que irão votar em função do que é melhor para o país e não em quem os mandam”, afirmou.
Na quinta-feira, em Bruxelas, Paulo Rangel saudou o anúncio da recandidatura do presidente do partido por considerar ser “bom que haja alternativas democráticas” e “visões estratégicas que se confrontam no tempo certo”.
“Reajo muito positivamente. Julgo que, para o PSD e para o país, é sempre bom que haja alternativas democráticas e, portanto, os militantes do PSD, que são militantes livres, agora em liberdade têm pelo menos duas — podem até aparecer mais — alternativas para escolher e isso acho que é muito positivo e saúdo muito o passo que vai ser dado”, declarou Paulo Rangel.
E reforçou: “Saúdo mesmo com grande alegria democrática”.
O PSD vai realizar eleições diretas para escolher o presidente no dia 04 de dezembro e o 39.º Congresso decorrerá entre 14 e 16 de janeiro, em Lisboa, e até agora apresentaram-se como candidatos Rui Rio e Paulo Rangel.
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