Questionado pelos jornalistas, no final de um encontro com o embaixador dos Estados Unidos em Lisboa, Rio salientou que “não há nenhuma opção política de cortar com o símbolo do partido”, até porque “os estatutos do PSD, e bem, não o permitem”.
“Em tudo aquilo que possam ser documentos oficiais estarão as setas do partido, há depois uma componente de imagem e ‘marketing’ que vai mudando ao longo do tempo”, defendeu, recordando que, quando foi secretário-geral, nos anos 90, até recuperou o símbolo original do partido.
Perante as críticas, no último Conselho Nacional, da militante histórica Virgínia Estorninho – noticiadas pelo Público e Expresso – sobre o ‘desaparecimento’ das três setas do PSD de alguma comunicação e do ‘site’ do partido, o presidente social-democrata admite dar-lhe razão em algum tipo de documentos, como o boletim de inscrição dos militantes.
“Há um respeito pelos estatutos e pela história do partido, naturalmente que as setas estarão nos cartões de militante, nos boletins de inscrição. Não vamos ser fundamentalistas nem vamos perder tempo com o que tem o valor que tem, apelou, contudo.
Rio reiterou que a retirada das setas de parte da comunicação institucional do partido, ou do púlpito para os oradores, “não tem significado político rigorosamente nenhum”.
“Eu sou da fundação do PSD, serei o último a ferir a história do PSD”, afirmou.
O líder do PSD defendeu que a atual imagem é até “muito mais próxima da imagem estrutural do que foi ao longo dos 40 e tal anos, sem que tenham feito polémicas”.
“Não vou alimentar polémicas no que não é importante para o futuro do PSD e do país”, disse.
De acordo com os estatutos do PSD, o símbolo do partido “é formado por três setas, de cor preta, vermelha e branca, que representam os valores fundamentais da Social-Democracia: a liberdade, a igualdade e a solidariedade”.
No ‘site’ do partido, por exemplo, a imagem tradicional foi substituída por outra em que as letras PSD surgem em branco dentro de um quadrado laranja, sem as setas.
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