“É abismal a diferença entre os temas de debate e a vida das pessoas. E é de sublinhar o alinhamento de todos com a agenda da bolha mediática e o brutal afastamento do dia a dia de milhões de pessoas que cá vivem e trabalham. Esta bolha quis e, pelos vistos, quer que se fale muito da forma e pouco do conteúdo”, afirmou o líder da CDU (Coligação Democrática Unitária, que junta PCP e PEV), no comício de abertura oficial da campanha, no Porto.
Perante quase mil pessoas no teatro Rivoli, Paulo Raimundo apontou o “malabarismo” e a “conversa” de PS, com “a continuação da experiência dos últimos dois anos de maioria absoluta”, e da direita, defendendo que a Aliança Democrática (AD, que agrega PSD, CDS e PPM), a Iniciativa Liberal e o Chega pretendem um “caminho de retrocesso ao passado e aos tempos sombrios da ‘troika'”.
“Percebemos a operação em curso: centrar tudo na bipolarização e mandar para baixo aquela que é a força mais consequente. Sabemos o que querem: condicionar as opções agora para mais tarde se esquecerem daquilo que erraram nestes dias em que estão a fazer sondagens. Esta operação com a qual lidamos há muitos anos apenas tem de nos dar mais força e mais vontade para falar com muita gente e mobilizar os que precisam de mais CDU”, frisou.
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